Cidadão paga


Bancada tucana protesta contra novo aumento de impostos criado pela gestão Dilma na MP 692

Para Daniel Coelho, a gestão petista tenta jogar para o consumidor a responsabilidade pela crise.

Para Daniel Coelho, a gestão petista tenta jogar para o consumidor a responsabilidade pela crise.

Na sessão desta quarta-feira (3), deputados do PSDB reforçaram a posição da bancada contra qualquer tentativa do governo de aumentar impostos. Na avaliação dos tucanos, os brasileiros já sofrem com a alta carga tributária e não devem pagar a conta do desgoverno da presidente Dilma Rousseff. O partido votou contra a Medida Provisória 692/15, aprovada hoje, que aumenta o imposto sobre ganho de capital devido por pessoas físicas sobre grandes valores, além de fixar regras para a quitação de dívidas tributárias com a dação de imóveis em pagamento.

Para o deputado Daniel Coelho (PE), a gestão petista tenta jogar para o consumidor a responsabilidade pela crise econômica. Na lógica de Dilma, o dinheiro do cidadão vai organizar o fiasco nas contas do governo. “As contas não serão restabelecidas enquanto a torneira da corrupção, da má gestão e do desperdício não for fechada. Se o Brasil vive uma crise, é em decorrência da incompetência desse governo”, alertou.

O país chegou a uma situação de quase ingovernabilidade depois de pedaladas fiscais e outras ações irresponsáveis, destacou o deputado Betinho Gomes (PE). “A receita encontrada pelo governo é repassar a conta para a população, como se não vivêssemos um momento de desemprego, inflação, juros nas nuvens e todos com dificuldades para sobreviver”, lamentou o tucano.

Começar o ano discutindo aumento de impostos é sinal de que a presidente Dilma não sabe qual é o rumo certo para o país, destacou Caio Narcio (MG). Segundo ele, o Brasil precisa voltar a crescer. “O caminho que enxergamos é o de mais empregos e menos impostos”, defendeu. O deputado Rocha (AC) reafirmou que o PSDB votará contra qualquer medida que venha a onerar ainda mais a população. “O brasileiro não pode pagar a conta do tríplex, do petrolão e do mensalão do PT”, frisou.

VOLTA DA CPMF
O aumento de impostos entrou na pauta do governo petista pela segunda vez só nesta semana. Na terça-feira (2), a presidente Dilma discursou no Congresso Nacional a favor da volta da CPMF ainda em 2016. Parlamentares da oposição levantaram placas com os dizeres “XÔ, CPMF” durante a fala da petista em protesto contra a altíssima carga tributária bancada pelos brasileiros.

 “Ontem (terça), nós ouvimos uma peça teatral da Presidente da República dizendo que o país estava em decréscimo de impostos. Não passaram 24 horas, e nós estamos votando aumento de tributos”, reprovou o deputado Arthur Virgílio Bisneto (AM). Segundo ele, o partido não vai votar aumento de impostos enquanto o governo não diminuir gastos, enxugar ministérios e rever a política econômica.

O líder da Oposição, deputado Bruno Araújo (PE), cobrou que a presidente apresente uma agenda concreta para que o país possa sair da crise em que se encontra, ao contrário da mensagem lida por ela no Congresso Nacional.

O líder Bruno Araújo cobrou da presidente Dilma uma agenda concreta para retomar o crescimento.

O líder Bruno Araújo cobrou da presidente Dilma uma agenda concreta para retomar o crescimento.

“A agenda apresentada ao Brasil é basicamente a agenda da reforma da Previdência Social, que até a própria liderança do seu partido na Câmara diz que não vai apoiar e o ministro Miguel Rossetto (do Trabalho e da Previdência Social) já afirmou que a mudança não é urgente”, resumiu o líder ao comentar o plano da presidente para tentar reverter “a mais grave crise política e econômica da nossa história recente”.

O deputado Max Filho (ES) criticou a fala de Dilma. “Ela pregou aqui a recriação da CPMF. Ora, como se pode pensar em mais impostos? O Brasil já está com uma carga tributária recorde, e estão insistindo nesse pacote econômico que pretende aumentar impostos, onerando a produção, o cidadão comum, o consumidor. Não é razoável”, completou.

CIDADÃO SOBRECARREGADO
Vanderlei Macris (SP) defendeu em plenário o adiamento da votação da MP, por considerar que o cenário nacional não permite sobrecarregar o cidadão com mais tributos. “Somos contra o aumento de impostos para o pequeno e para o grande. Somos contra qualquer aumento de imposto neste momento em que se deixa de discutir a questão econômica do nosso país”, reforçou.

Na avaliação do deputado Luiz Carlos Hauly (PR), o problema do governo petista não está na falta de arrecadação, mas falta de administração. Ele contestou a regra criada pela MP e alertou que ela tributará a classe média, que já arca juros anuais de 360% no cartão de crédito e 300% no cheque especial.  “Por isso nós somos contra qualquer aumento de imposto, contra a CPMF, contra esse governo”, acrescentou.

A mudança aprovada vai atingir o bolso do brasileiro e afetar o crescimento do país, explicou Fábio Sousa (GO). “Uma forma de se fazer o crescimento econômico acontecer é segurar a alíquota de impostos e, às vezes, até diminuí-la, como está acontecendo na Argentina, que vai ter um avanço grandioso nos próximos anos”, destacou.

O PT ainda tentou aumentar as alíquotas previstas na medida provisória, mas fracassou. O plenário rejeitou, por 223 votos a 141, o destaque que pretendia restituir ao texto as alíquotas da MP original nas três faixas adicionais criadas no IR sobre ganho de capital: 20%, 25% e 30%. Com a rejeição do destaque, valem as alíquotas do projeto de lei de conversão, de 17,5%, 20% e 22,5%.

(Reportagem: Elisa Tecles/ Fotos: Alexssandro Loyola)

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3 fevereiro, 2016 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Cidadão paga”

  1. Muito importante levar maiores oportunidades e reduzir cpmf entre outras medidas adotadas pra afliger um povo que esta sobrecarregado por fardo e fracassos deste governo atual que naõ cria propostas ideias que motiven seu povo ha acreditar no brasil que viver de influencias governamentais, e sobrpujar seu povo esperamos que todos vejan o quanto é nessecario uma mudança imediata…..

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