Mau negócio?


Defesa Nacional: Macris pede explicações a ministro sobre compra de equipamentos russos

macrisO deputado Vanderlei Macris (SP) pediu esclarecimentos oficiais ao Ministério da Defesa sobre aquisição de sistemas de defesa antiaérea e outros equipamentos de fabricantes russos. No requerimento apresentado (leia a íntegra), o tucano pede a apresentação, entre outros, de documentos firmados entre o ministério e representantes do governo da Rússia para a aquisição dessas armas e uma lista com os equipamentos adquiridos e os seus preços.

De acordo com o pedido, as explicações devem ser dadas porque o ministro Celso Amorim teria assinado um acordo com a Rússia para compra de armas e três sistemas de defesa antiaérea no valor de um US$ 1 bilhão.

O custo é contestado porque o Iraque, segundo a “Veja”, comprou o mesmo sistema por um preço um quarto menor. A revista alerta para o alto custo do sistema caro e para o descontentamento dos próprios militares brasileiros com suas especificicações.

A reportagem destaca que, em 2012, os militares levaram a 30 fabricantes estrangeiros um relatório com as especificações que consideravam adequadas para o equipamento. Entre outras exigências, as baterias deveriam ser ajustadas com os radares usados no país e capazes de caber nos aviões de carga da Força Aérea Brasileira (FAB), além de ser equipados com mísseis de 30 quilômetros de alcance.

Mas logo depois, o comando militar foi informado que a presidente Dilma tomou uma decisão política e que a concorrência internacional havia sido sustada, havendo um acordo direto com os russos para a compra das baterias e do sistema de defesa.

No ano passado, o governo federal publicou os novos requisitos do sistema, revogando o parecer técnico das Forças Armadas e diminuindo o alcance dos mísseis, além de eliminando a compatibilidade com os aviões da FAB. Ou seja,  fazendo com que os modelos russos se adequassem a essas novas exigências.

Ainda nesse acordo, os russos prometem transferência de tecnologia, e que essa produção no Brasil começará com equipamentos simples e, em alguns anos, deve incluir itens mais sofisticados. Em uma reportagem da revista Exame, o general José Carlos de Nardi afirmou que o Brasil precisa se atualizar e que este sistema só será posto em prática nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. “Esse evento propõe mais desafios porque se realiza em vários pontos na mesma cidade. Na Copa, é apenas um local em várias cidades, o que em termos de defesa é menos desafiador”, disse o tucano.

Após o recebimento do pedido de informações, o ministério terá 30 dias para responder, sob pena de cometimento de crime de responsabilidade.

(Reportagem: Paulo Simões/Foto: Alexssandro Loyola)

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15 abril, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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