Cronologia da má gestão


Após 33 meses, governo Dilma é marcado por promessas no papel, obras abandonadas e escândalos

Um governo que não tira do papel o prometido, se destaca no noticiário “político-policial” com frequência e não executa suas políticas com eficiência e espírito público. Essas são características que marcam os 33 meses da gestão Dilma e ficaram ainda mais evidentes em setembro. E mais: como destacou o presidente nacional do PSDB, pelo país o que se vê é um cemitério de obras inacabadas, com é o caso da transposição do São Francisco. No campo internacional, a economia brasileira foi destaque negativo na revista britânica “The Economist”, enquanto Dilma esteve na ONU e falou grosso contra a espionagem americana, mas seu (des)governo age com leniência, deixando os brasileiros desprotegidos. Confira abaixo uma síntese dos principais fatos do mês:

Prometeu e não cumpriu: haja marketing pra maquiar tanto fracasso do governo petista, que não consegue tornar reais as principais promessas feitas por Dilma na campanha de 2010. No último dia 4, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, apresentou os números durante o lançamento do Portal Social do Brasil: das 500 Unidades de Pronto Atendimento (Upas) anunciadas, haviam sido entregues 12. Das 8.600 Unidades Básicas de Saúde, apenas 434 tinham saído do papel. Das 6 mil creches prometidas, Dilma construiu a irrisória quantidade de 60 unidades. Das 6.116 quadras esportivas cobertas em escolas, a petista havia entregue 137. Os Postos da Polícia Comunitária também ficaram no papel. Dos 2.833 previstos, nenhum foi feito. Das 800 Praças do PAC, foram entregues somente 3.

CONFIRA OS DEMAIS CAPÍTULOS DA CRONOLOGIA DA MÁ GESTÃO

Desempenho da gestão petista na saúde é mal visto pela população. Reprovação alcança 77%.

Desempenho da gestão petista na saúde é mal visto pela população. Reprovação alcança 77%, segundo última pesquisa do Ibope.

Políticas públicas reprovadas: pesquisa Ibope/CNI realizada em setembro mostra que a população reprova o desempenho do governo petista em oito das nove áreas pesquisadas.  Os percentuais negativos em setores essenciais são elevados, como saúde (77% de reprovação), segurança pública (74%), combate à inflação (68%), educação (65%).

Grandes obras abandonadas: os principais empreendimentos prometidos pelo governo petista também se arrastam. A transposição do rio São Francisco e a ferrovia Transnordestina são exemplos do descaso da atual gestão. Anunciados com festa, os empreendimentos estão abandonados. O jornal “O Globo” percorreu mais de 1.500 quilômetros pelo sertão nordestino e não encontrou um só operário nos canteiros de obras.

"Estragaram tudo?", questiona a revista britânica "The Economist" pouco menos de quatro anos após ter exaltado desempenho do país; governo Dilma mancha imagem do Brasil lá fora.

“Estragaram tudo?”, questiona a revista britânica “The Economist” pouco menos de quatro anos após ter exaltado desempenho do país; governo Dilma mancha imagem do Brasil lá fora.

PIBinho: caíram na real?: a redução, pelo governo, da projeção de crescimento da economia para 2013 é apenas uma demonstração de que não dá mais para esconder a realidade. O Planalto acabou tendo que reduzir sua expectativa em relação à expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,5%. Importante lembrar que, em dezembro de 2012, ano no qual amargou o pífio crescimento de 0,9% do PIB, Dilma afirmou: “Quero pibão grandão em 2013”. Em 30 de janeiro deste ano, o ministro Guido Mantega disse, em encontro com os novos prefeitos, que o Brasil cresceria entre 3% e 4%. Projeções furadas, mais uma vez. No fim do mês, a revista britânica “The Economist” questionou, ao se referir à condução da economia brasileira pela petista: “Estragaram tudo?”

Ser petista pode facilitar acesso à casa própria: ser um militante ativo do PT pode facilitar a realização do sonho de ter a casa própria. Denúncia do jornal “O Estado de S. Paulo”  aponta que líderes comunitários filiados ao PT usam critérios políticos para gerir a maior parte dos R$ 238,2 milhões repassados pelo programa Minha Casa Minha Vida. Onze das 12 entidades com projetos aprovados pelo Ministério das Cidades são dirigidas por filiados à legenda.  Quem marca presença em protestos e até ocupações ganha prioridade na fila da casa própria em São Paulo. Falando em militância, reportagem da “Folha de S.Paulo” identificou pessoas que receberam para trabalhar na campanha de Dilma em 2010, mas que na prestação de contas apresentada pelo partido apareciam como voluntários não remunerados, o que pode configurar caixa dois.

Escândalos sem fim: Ministério do Trabalho, Fundação Banco do Brasil (FBB) e até mesmo o combalido Fome Zero são palco de escândalos. O número 2 do ministério, Paulo Roberto Pinto, por exemplo, entregou o cargo após ter seu nome envolvido em esquema de desvio de dinheiro na pasta. O valor envolvido nos desmandos atinge R$ 400 milhões. O “pede para sair” repete padrão de 2011, quando ministros deixaram o governo após graves denúncias de irregularidades sem serem demitidos. Já o diretor de Política Agrícola da Conab, o petista Sílvio Porto, foi chamado para prestar depoimento na PF sobre as denúncias de fraudes no Programa Aquisição de Alimentos. Na FBB, diretores tiveram seus nomes envolvidos em denúncias de desvios de recursos da instituição, enquanto o assessor da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) Idaílson Vilas Boas Macedo foi acusado pela Polícia Federal de envolvimento no esquema que desviava recursos de fundos de pensão municipais.

Planalto perdido nas privatizações: um ano após o lançamento do programa de concessões, o governo petista colheu resultados pífios. Quem perde é o país, que fica no pior dos mundos. Nem o Planalto consegue investir recursos próprios para melhorar a infraestrutura nacional – estradas, portos, aeroportos e ferroviais – e nem tem êxito na atração dos necessários investimentos privados. O fracasso do leilão da BR-262 é um bom exemplo de como a atual gestão está perdida, com sucessivas redefinição de regras que apenas comprovam sua incompetência. Nem o leilão do gigantesco poço de Libra conseguiu atrair as gigantes do setor petrolífero, que veem com desconfiança a gestão petista.

Insegurança cibernética: Dilma falou grosso na ONU contra as ações de espionagem dos EUA na ONU, mas as ações de seu próprio governo para proteger o Brasil se arrastam. Sistemas desatualizados e falta de investimento deixam país exposto a ataques cibernéticos. Os órgãos federais não fazem a sua parte. Exemplo: da dotação da Abin para este ano, somente 11% destinam-se a ações de inteligência. Além disso, o marco institucional de prevenção contra ações de espionagem no Brasil está engavetado no Planalto. Outro dado: dos R$ 90 milhões previstos neste ano para ações de defesa cibernética, somente 16% foram gastos até agora. Em resumo, Dilma deveria agir mais e falar menos.

R$ 20 milhões
Foi a redução do orçamento do governo brasileiro para defesa cibernética na comparação da proposta de orçamento de 2014 com o valor autorizado para ser gasto neste ano.

(Da redação/Fotos: reprodução – The Economist e pesquisa CNI/Ibope) 

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1 outubro, 2013 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Cronologia da má gestão”

  1. Napoleão disse:

    Prezados,parabens pela relação das prometidas e não realizadas,tem também o patrulhamento das fronteiras que seria feita com aviões não tripulados.

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