Cronologia da má gestão


Maio é marcado por “Pibinho”, trapalhada no Bolsa Família e crise com base aliada

Em maio, a sequência de más notícias envolvendo o governo Dilma é avassaladora. Na economia, a “gerente” não consegue fazer o PIB deslanchar, enquanto a inflação continua corroendo a renda do trabalhador. Na política, apesar da ampla base aliada o Planalto pena para aprovar matérias do seu interesse, em mais uma demonstração da falta de liderança da petista. Seu governo também é marcado por trapalhadas, como a envolvendo o Bolsa Família, e por inúmeros casos de má gestão, a exemplo das obras que se arrastam ou não saem do papel. Confira abaixo mais um capítulo da cronologia:

Brasil no rumo errado: na 11ª Convenção Nacional do PSDB, promovida no dia 18, lideranças tucanas fizeram duras críticas aos rumos equivocados pelos quais o país vai sendo levado pela gestão Dilma. “Hoje, para onde quer que se olhe, vê-se um país refém da má gestão”, resume trecho da mensagem do novo presidente do partido, Aécio Neves, aos militantes e filiados.

Como resume o ITV, órgão de estudos políticos do partido, o país tem hoje um governo marcado por crescimento pífio, inflação escapando do controle, desrespeito aos princípios da ética e desmazelo com os recursos públicos – vide as centenas de obras paradas e/ou inacabadas.

Contas públicas desajustadas e maquiadas, investimentos emperrados e apagão logístico generalizado são outros aspectos do governo do PT destacados com frequência nesta cronologia e ressaltados por tucanos na convenção.

Desempenho pífio na economia: sob a atual gestão, o país caminha para o 3º ano seguido de baixo crescimento econômico. Divulgados no final de maio, os números do 1º trimestre de 2013 comprovam a insuficiência das políticas adotadas pela gestão petista, focadas no aumento do consumo. A expansão de apenas 0,6% foi menor que a estimada pelos economistas mais pessimistas. Para piorar, o PIBinho é acompanhado por inflação e juros em alta e investimentos travados.

Trapalhada em programa social: o principal programa social do governo federal foi alvo de uma verdadeira lambança patrocinada por integrantes de alto escalão do governo. Sem explicações convincentes, a Caixa decidiu antecipar o pagamento a todos os inscritos no Bolsa Família, o que pode ter provocado o boato sobre o fim do programa e o tumulto em 13 estados.

O banco estatal se enrolou todo ao tentar justificar seus atos, enquanto a Polícia Federal abriu inquérito – ainda não concluído – para tentar identificar a origem da informação.  Outra protagonista da trapalhada foi a ministra Maria do Rosario (Direitos Humanos). Sem qualquer prova ou evidência a petista foi para o Twitter acusar a oposição. Em meio à crise, a ministra responsável pelo programa – Tereza Campello – curtia férias na Disney.

Volta da inflação quase ignorada: maio começou com um pronunciamento de quase 12 minutos da presidente Dilma em cadeia de rádio e TV. A defesa da estabilidade da moeda e o controle da inflação foram assuntos praticamente ignorados pela petista, apesar da perda do poder aquisitivo corroer o poder de compra do trabalhador, sobretudo do mais carente. Em março último a inflação superou o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Programa do PT é peça de ficção: quem dera se existisse o Brasil propagandeado pelo governo petista em seu programa partidário. Como se não bastasse fantasiar a realidade, os petistas também insistem em tentar passar a ideia de que o Brasil começou em 2013. O programa exibido em maio enfoca o brasileiro como consumidor, deixando a cidadania em segundo plano, e infla supostas conquistas das gestões petistas em uma década – até porque a atual gestão tem muito pouco a mostrar.

Investimentos em baixa, gastos em alta: na política econômica, o Planalto congela R$ 28 bilhões do Orçamento de 2013 – com riscos concretos de afetar os já combalidos investimentos — mas não toma medidas efetivas para cortas seus próprios gastos. Com 39 ministérios, a gestão federal consome anualmente R$ 58 billhões – o equivalente ao dobro de todo o volume aplicado no Bolsa Família. No entanto os resultados dessa máquina gigantesca estão muito abaixo das necessidades do país. São tantas pastas que a gestão petista tem dificuldades para abrigar os funcionários na Esplanada. Em maio Dilma nomeou o titular da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que precisou se instalar em dependências cedidas pelo Exécito.

Falta de liderança: omissão e desarticulação em matérias complicadas são marcas da gestão Dilma, cuja articulação no Congresso é criticada de A a Z na inflada “base aliada”, que passa por uma crise com a presidente. Apenas nos últimos meses é possível citar como exemplos a longa votação da MP dos Portos e o fracasso das reformas política e do ICMS. O mesmo ocorreu em outras situações, como nas discussões sobre Código Florestal, reforma política e divisão dos royalties.

Transposição – ícone da incompetência: lentidão, paralisia das obras e nenhuma gota d’água aos nordestinos. Esse é o cenário desolador da transposição do rio São Francisco. O maior empreendimento do PAC teve início há seis anos e após sucessivos adiamentos tem previsão de entrega para 2015. A execução até o momento não chega à metade.

 Seca exige providências urgentes:  a estiagem prolongada foi tema de comissão geral realizada na Câmara para discutir ações visando enfrentar o problema. A questão do endividamento dos agricultores acabou se tornando um dos assuntos levantados na audiência, na qual o governo federal foi muito cobrado para adotar ações mais consistentes e eficientes para mudar a triste realidade da população local.

Rosegate: investigação atrapalhada: o ministro Gilberto Carvalho, titular da Secretaria Geral da Presidência da República, é acusado de tentar atrapalhar investigação da Casa Civil sobre as atividades da Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório do Planalto em São Paulo. A apuração do próprio governo mostra que a amiga de Lula usava o cargo para traficar interesses milionários, influenciar em decisões favoráveis a empresários e até nomear parentes na estrutura pública. A propósito, até o momento o ex-presidente não se manifestou sobre as estripulias de Rose.

Funai parcial nas disputas por terras: a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, veio à Câmara participar de audiência pública sobre demarcação de terras indígenas. A petista foi duramente cobrada sobre a necessidade de suspensão dos trabalhos da Fundação Nacional do Índio para resolver impasses entre indígenas e produtores rurais. Para tucanos, a Funai não tem imparcialidade para julgar casos nos quais é parte envolvida. Enquanto o governo não age como deveria, em estados como MS o conflito pode ter consequências imprevisíveis. Lá as disputas por terras afetam 21% do território. 

(Da redação/ Charges: Fernando Cabral – PSDB)

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3 junho, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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