Cronologia da má gestão


Combinação perversa na economia e inversão de prioridades são destaques de março

Março começou com a confirmação oficial de uma suspeita que vinha sendo levantada nos meses anteriores: a economia brasileira teve um desempenho pífio ano passado (expansão de apenas 0,9%). Para piorar, o PIBinho veio acompanhado de uma inflação que teima em ceder – sem contar a arrecadação recorde de tributos, prejudicando a competitividade internacional. Fora do campo econômico, a atual gestão dá mostras tanto de desperdício de recursos do contribuinte como o de incompetência para gastar no que realmente precisa. Como respectivos exemplos, basta citar a ostentação da comitiva brasileira que foi ao Vaticano assistir à missa inaugural do papa e a incapacidade dos ministérios para tirar do papel recursos para prevenção, preparação e respostas a desastres naturais. Confira abaixo estes e outros destaques do mês recém-encerrado.

PIBinho confirmado: março começou com a divulgação do pífio crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 (0,9%). O resultado comprova a insuficiência das medidas de estímulo adotadas pela gestão petista para aquecer o consumo e, consequentemente, a atividade econômica. Com isso, o ano passado entrou para a história com a combinação perversa de baixo crescimento, inflação elevada e investimentos em queda. Os números divulgados pelo IBGE em 1º de março apenas comprovam a incapacidade da “gerente” Dilma de colocar em prática ações capazes de dar condições estruturais para o desenvolvimento econômico do país. Com os números pífios, o Brasil aparece como um dos “patinhos feios” do mundo.

1,8%
Foi a média de crescimento do Brasil nos dois anos de governo Dilma. Um vexame regional e mundial. Na América Latina, o indicador foi de 3,8%. Em 2012, o Brasil também cresceu abaixo da metade da média mundial (2,1%).

Enquanto isso, carga tributária bate recorde: os números relativos aos impostos pagos pelos brasileiros seguem no rumo contrário aos do PIBinho. O contribuinte brasileiro pagou impostos como nunca antes na história. Segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a carga de impostos, taxas e contribuições pagas pelos brasileiros em 2012 atingiu recorde de 36,27% do PIB, com alta de 0,25 ponto percentual em relação ao ano anterior. Enquanto o pibinho brasileiro cresceu apenas 0,9%, a carga de tributos avançou 7%. Além de minar o orçamento de cidadãos e empresas, o elevado peso dos impostos prejudica duramente a competitividade no cenário internacional.

E o Planalto afrouxa no combate à inflação: no último dia do mês o Banco Central completou 48 anos e ganhou um presente de grego: o descrédito do mercado. Alvo de pressão política do Planalto, o BC já abandonou a meta anual de 4,5% para a inflação. A alta nos preços é sentida diariamente pela população, principalmente a mais pobre. Em uma declaração desastrosa dada na África do Sul, Dilma deu sinais claros de que seu governo continuará sendo tolerante com uma taxa que já é uma das mais altas do mundo.  Espera-se, inclusive, que a inflação acumulada nos últimos 12 meses medida pela IPCA deve estourar o limite superior da meta (6,5% ao ano).

Petrobras: um símbolo da incompetência petista: no dia 12 o PSDB e o Instituto Teotônio Vilela (ITV) realizaram o seminário “Recuperar a Petrobras é nosso desafio: A favor do Brasil, a favor da Petrobras”. Os debates mostraram, com base em números e fatos, os impactos da gestão desastrosa do governo petista à frente da estatal. O loteamento de cargos entre “companheiros” despreparados é uma das causas do desastre. A compra de uma refinaria nos EUA está entre os piores exemplos de gestão pública nos últimos anos e simboliza os danos severos provocados pelo PT à Petrobras, que desembolsou US$ 1,18 bilhão no negócio, enquanto sua ex-sócia belga Transcor/Astra havia pago há sete anos apenas US$ 42,5 milhões. A transação aponta para graves indícios de desvios de recursos públicos e de lavagem de dinheiro que precisam ser apurados. A pedido do PSDB a presidente da Petrobras terá que vir à Câmara explicar este verdadeiro caso de polícia. Além disso, o partido apresentou Proposta de Fiscalização e Controle propondo apuração da compra da refinaria. Detalhe: Dilma Rousseff comandava o Conselho de Administração da Petrobras na época do negócio.

Desenvolvimento estagnado:  após avanços significativos desde a década de 90, o Brasil estacionou no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os maus resultados na educação e uma desigualdade de renda ainda brutal são alguns dos fatores que colocam o país em uma situação nada confortável. Pelos resultados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Brasil manteve-se em 85° lugar, entre 187 nações, com IDH de 0,730. E ao contrário do que o PT tenta propagar, os avanços alcançados no desenvolvimento brasileiro na história recente não são fruto exclusivo dos governos Lula/Dilma. Ações como o Plano Real e o Fundef contribuíram bastante. Além disso, a ONU mostra que a melhora nas condições de vida e a ascensão social, com a emergência de novas camadas urbanas de classe média, é um fenômeno mundial, e não uma particularidade brasileira – realidade que os petistas tentam ignorar.

Legado tucano: presidente distorce a história: falando em legado tucano, em março vieram à tona tentativas do governo petista de distorcer a história. A presidente Dilma chegou a dizer que o PT não herdou nada dos governos anteriores no que diz respeito aos bancos de dados de programas sociais, ignorando ter recebido o cadastro único criado pela gestão de FHC em 2001. No mesmo mês, a petista alegou que foi da alçada petista a criação de órgão governamental federal voltado ao público feminino, ignorando solenemente que Lula herdou a Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher, lançada por FHC em 2002.

Reforma ministerial: de olho em 2014:  dias antes de anunciar sua reforma ministerial, Dilma subiu ao palanque em evento na Paraíba e deixou claro que está disposta a tocar o terror para se reeleger. Segundo ela, “podemos fazer o diabo quando é a hora da eleição”. Em relação às mudanças, a petista mirou as urnas, buscando fazer alterações para agradar aliados, e não tendo em vista melhorias na gestão do país. Prova disso é o resgate do grupo de um dos alvos da “faxina” – Carlos Lupi. O pedetista foi resgatado sem delongas para dar as cartas no Ministério do Trabalho.

Cesta básica: desoneração com 6 meses de atraso:  Dilma convocou cadeia de rádio e TV em 8 de março (Dia Internacional da Mulher) para anunciar uma medida que havia barrado apenas seis meses atrás: a desoneração dos impostos federais da cesta básica, emenda do ex-líder do PSDB na Câmara Bruno Araújo (PE) acatada por unanimidade na Câmara e no Senado. O atraso – provocado por capricho ou vaidade e para tirar do PSDB o mérito da iniciativa – custou caro aos brasileiros. Se a petista tivesse sancionado a proposta tucana, a economia média para as famílias seria, em média, de R$ 200, sem contar o alívio da alta dos alimentos na inflação.

Gastança para ver o Papa: o governo federal esbanjou recursos públicos na viagem da presidente Dilma Rousseff à Itália. A comitiva da petista alugou 52 quartos de hotel e 17 veículos – a maior delegação entre os 132 chefes de Estado que foram ao Vaticano. A diária da suíte presidencial no hotel escolhido (o Westin Excelsior, localizado em um dos endereços mais sofisticados de Roma) custa cerca de R$ 7.700, enquanto o quarto mais barato fica por R$ 910. Deputados do PSDB questionaram os gastos e não entendem por que Dilma e a comitiva não se hospedaram na bela Embaixada do Brasil na capital italiana, que dispõe de uma infraestrutura completa para receber autoridades.

22%
Foi o aumento dos gastos da gestão Dilma com diárias de servidores públicos federais na comparação do ano passado com 2011. 

Enchentes: descaso que mata: a burocracia e a incompetência se repetiram e provocaram 33 mortes na região serrana do Rio. E mais uma vez a gestão petista demonstra incapacidade para tirar do papel recursos para prevenção, preparação e resposta a desastres naturais. Como denunciou reportagem da “Folha de S.Paulo”, o governo federal aplicou em 2012 apenas um terço da verba federal para este fim. No fim do mês o PSDB encaminhou pedido de explicações a dois ministérios.

(Da redação/ Charges: Fernando Cabral)

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1 abril, 2013 Últimas notícias Sem commentários »

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