Mudanças necessárias
Marcus Pestana defende votação da reforma política ainda neste ano
Para que avance a reforma política na Câmara dos Deputados, os partidos buscam consenso em pelo menos cinco pontos. O fim da coligação proporcional; a coincidência de mandatos, evitando eleições a cada dois anos; o financiamento público de campanha; a possibilidade da participação popular/legislativa ser por meio da internet e o sistema eleitoral.
Nos quatro primeiros itens existe uma razoável convergência. Já quanto a alteração do sistema eleitoral, a divergência é grande e não há entendimento de que se adote o voto em lista, o voto distrital misto, o voto distrital puro ou o distritão.
baixe aquiPara o deputado Marcus Pestana (MG), que representou o PSDB na reunião da semana passada entre líderes de diversos partidos, a Câmara precisa tomar uma posição e votar essa agenda mínima ainda em 2012, para que as medidas entrem em vigor nas eleições majoritárias em 2014.
Segundo ele, o último suspiro para a votação da reforma expira no primeiro semestre do ano que vem. “A realidade provou a necessidade da reforma. O sistema não aproxima a população da representação política, não fortalece os partidos. Então é um sistema eivado de problemas e pecados. Cabe a nós termos competência para mudar uma coisa que todo mundo acha que deve mudar. O que não é possível é aceitar que tudo fique como está, e a democracia brasileira depende disso”, ponderou.
De acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), é possível que os principais pontos da reforma política sejam votados ainda em novembro.
(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Elyvio Blower)
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