Oposição reunida


Tucanos avaliam que julgamento do mensalão fortalece a democracia

Um grupo de parlamentares do PSDB acompanhou o início do julgamento do escândalo do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na sala de reuniões da Mesa Diretora da Câmara. O líder do PSDB na Casa, Bruno Araújo (PE), considera que esse julgamento estabelecerá um marco para que a sociedade acredite no fim da impunidade. “Vai mostrar que as pessoas mais abastadas e mais poderosas do país estão sujeitas à lei como qualquer outro cidadão comum”, afirmou.

O tucano explica que a oposição cumpriu o papel de fiscalizar os atos do governo e de cobrar o julgamento. A partir de agora, diz ele, é preciso respeitar a decisão do Supremo. “Nós escolhemos uma democracia na qual o STF é quem julga e dá a última palavra sobre um julgamento como esse. E nossa aposta é na democracia brasileira”, reiterou.

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O deputado Antonio Imbassahy (BA) tem uma expectativa positiva. Segundo ele, este é um momento histórico para o avanço e fortalecimento das instituições brasileiras. “Temos uma oportunidade de ouro, muito rara, para que o país dê um grande exemplo para as futuras gerações”.

Confira a cobertura completa no site do PSDB


Vanderlei Macris (SP) avalia que o mensalão resume uma história extremamente negativa para a política brasileira, na qual uma organização criminosa fez uma grande articulação para assaltar dinheiro público. “Que o STF possa resgatar a dignidade e autoestima do povo brasileiro, que não acredita mais na vida política por conta desses movimentos de destruição da nossa democracia com a usurpação do dinheiro público.”

O mensalão, considerado o maior escândalo da história politica do Brasil, coloca no banco dos réus 38 cidadãos, entre eles pessoas do alto escalão do Partido dos Trabalhadores e do governo do ex-presidente Lula. Os réus vão se defender das denúncias de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta.

Acompanharam a abertura dos trabalhos os deputados Carlos Sampaio (SP), Bruno Araújo (PE), Vanderlei Macris (SP), Antonio Carlos Mendes Thame (SP), Vaz de Lima (SP), Nelson Marchezan Júnior (RS), Paulo Abi-Ackel (MG) e o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), além de representantes do DEM e do PPS.

A primeira parte da sessão foi marcada pelo debate sobre o desmembramento do julgamento dos réus do mensalão. A maioria dos ministros rejeitou a separação, o que poderia levar os processos da maioria esmagadora dos réus para a primeira instância. Com a decisão, todos os 38 acusados serão julgados pelo Supremo. Diante do resultado, o deputado Carlos Sampaio (SP) comemorou no Twitter: “Prevaleceu a Justiça!”, escreveu o tucano. Após intervalo, o relator Joaquim Barbosa leu um resumo do documento de 122 páginas sobre a ação contra os 38 réus (leia íntegra do relatório)

“Jornal da Câmara” ignora mensalão– Lideranças dos partidos de oposição criticaram a ausência de qualquer referência ao mensalão na edição desta quinta do “Jornal da Câmara”, apesar de vários parlamentares terem ido à tribuna ontem para falar sobre o assunto. Bruno Araújo classificou de “estranha” a não publicação de reportagens. “É um fato, no mínimo, estranho, o jornal da Câmara não tratar do tema mais importante para o país. Vou procurar o presidente da Câmara para falar sobre isto. Espero que não haja uma linha editorial, mas o que aconteceu tem cheiro e ambiente de proteção ao tema”, protestou.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Francisco Maia)

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2 agosto, 2012 Últimas notícias Sem commentários »

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