Canais parados


Transposição do São Francisco acumula atrasos e desperdício de dinheiro, reprovam deputados

Os deputados Paulo Abi-Ackel (MG) e Luiz Nishimori (PR) criticaram a incompetência do governo com as obras de transposição do rio São Francisco. Há cinco anos, a gestão petista iniciou a construção de 622 quilômetros de canais para o empreendimento. No entanto, menos de quatro quilômetros ficaram prontos, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), conforme divulgou o “Correio Braziliense”.

O tribunal prepara um relatório detalhado com a fiscalização dos contratos das obras. Segundo a reportagem, o maior problema está na diferença dos custos previstos no projeto básico do Ministério da Integração Nacional e os valores efetivos nos eixos norte e leste das obras.

Para Abi-Ackel, o atraso mostra a ineficiência do governo. “Está comprovado que a obra vai sair com valores muito superiores ao previsto inicialmente. É uma construção que vai se transformar no grande desperdício do século sem dúvida nenhuma. Infelizmente ninguém haverá de se beneficiar com esta faraônica obra que será uma demonstração, uma prova inequívoca da ineficiência do governo”, afirmou.

Play
baixe aqui

Nishimori acredita que a transposição não sairá do papel. Segundo o tucano, a sociedade, que aguarda há anos a concretização da promessa, é a maior prejudicada. “Quem perde é a população. Falta, sem dúvida nenhuma, competência. O governo promete e não faz. Essa transposição poderia estar no mínimo 80% concluída, mas não anda. Estou muito preocupado com a questão dos investimentos, não apenas com os do São Francisco, mas com todos os que não se realizam. São projetos e mais projetos que não andam”, afirmou.

De acordo com o jornal, além de cara, a obra está longe do fim por conta de pagamentos irregulares, superfaturamento e falta de fiscalização.

(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Beto Oliveira/Ag. Câmara e Alexssandro Loyola/ Áudio: Kim Maia)

Compartilhe:
25 junho, 2012 Sem categoria, Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *