Busca de solução


Tripoli chama a atenção para consequências do descaso com lixo na saúde pública 

O líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), chamou atenção para as consequências do descaso com o lixo na saúde pública. Em discurso no seminário sobre a gestão de resíduos sólidos no Brasil nesta terça-feira (20), o tucano afirmou que “lixo não tratado é mais um leito de hospital ocupado”.

O parlamentar avalia ser importante discutir uma lei que possa atender a demanda, pois a questão do lixo tem forte vínculo com a saúde pública. Algumas das principais origens de doenças no país são o lixo abandonado a céu aberto e a contaminação de rios e do lençol freático.

Segundo o líder, adiar a data limite para a manutenção de lixões não é a solução. “Seria uma incoerência trabalhar com a saúde pública e permitir o lixo abandonado”, opinou.

Tripoli explica que o problema é agravado pela dificuldade financeira dos municípios. Enquanto estados e a União arrecadam, as prefeituras não recebem recursos na proporção ideal. Para solucionar o impasse, o líder e um grupo de trabalho elaboraram substitutivo que trata de maneira diferenciada cidades com mais ou menos habitantes. As grandes capitais poderiam buscar soluções de maior porte para o tratamento de resíduos.

O tucano destaca que o Brasil está caminhando na direção do tratamento dos resíduos. Exemplo disso é a saída encontrada para pneus de automóveis, que antigamente eram jogados em lixões e aterros. Com a proliferação da dengue, os parlamentares trabalharam em uma lei que obrigava os fornecedores a receber pneus usados e dar a destinação adequada.

Resolver o problema financeiro dos municípios é essencial para avançar no tratamento de resíduos sólidos, avalia o líder. “Se não tivermos recursos específicos para atender essa demanda, teremos dificuldades. Não dá mais para aceitar lixo a céu aberto. Isso é impraticável”, afirmou. De acordo com Tripoli, o país continua atrasado no controle da contaminação, tanto das pessoas que vivem no entorno de aterros quando daquelas que são contaminadas por rios e córregos.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)

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20 junho, 2017 Últimas notícias Sem commentários »

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