Boa perspectiva


País começa a experimentar sinais de recuperação da economia, avaliam tucanos

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As perspectivas econômicas do Brasil começam a melhorar depois de uma profunda recessão econômica deixada pela administração petista. Mas não será fácil. Segundo deputados do PSDB, a comprovação da boa expectativa para 2017 vai depender da aprovação de medidas que mudem o rumo da economia, entre elas o controle do déficit fiscal, a diminuição de tributos e a reforma da Previdência.

O deputado Silvio Torres (SP) afirma que o pais já experimenta as consequências do voto de confiança nas ações do governo, que terão de ser feitas até o final do ano. “O governo tem tarefas importantes, entre elas, discutir a reforma da previdência, aprovar a PEC do gasto público e um orçamento que seja o reflexo de uma nova postura na questão fiscal”, disse.

A aposta no futuro pode ser observada na expectativa do Banco Central. Ela contempla a estabilização da atividade econômica no curto prazo e retomada gradual nos próximos trimestres. Um dos indicadores mais importantes, segundo o próprio Banco Central, é o índice de confiança dos consumidores.  A pesquisa da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) comprova que o índice de Intenção de Consumo das Famílias teve em setembro o terceiro mês consecutivo de alta e fechou em 69,9 pontos, com elevação de 5,4% em relação ao mês de agosto. Embora o indicador não implique em aumento real de compra, é o primeiro aumento do ano.

A redução das dívidas no orçamento das famílias também é considerada um dado positivo, pois pode abrir espaço para a retomada do consumo em 2017. “Não há mágica, há muito esforço pela frente e muita verdade tem que ser dita. Afinal o que se herdou foi uma tragédia econômico social”, disse o deputado Otavio Leite (RJ).

A tragédia pode ser vista nos dados que fecham o terceiro trimestre de 2016. De acordo com previsão do Banco Central divulgada nesta terça-feira (27), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, deve ficar em 7,3% neste ano. Mesmo assim, é menor que no ano passado, ainda sob a gestão petista, que fechou com inflação de dois dígitos: 10,67%, a maior taxa desde 2002.

Para o próximo ano, o BC estima que a inflação deve ficar mais próxima da meta central de 4,5%. E o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas do país, deve contrair em 3,3% este ano. Para 2017, a expectativa é de alta de 1,3%. 

Para Otavio Leite, os números devem ser observados sob a ótica da retomada da credibilidade do poder público, que foi massacrada pela corrupção e postura do PT. Segundo dados oficiais a retomada já começou. O Banco Central informou ainda que em agosto o Brasil atraiu US$ 7,208 bilhões em investimentos diretos destinados ao setor produtivo. É um volume de recurso quase 40% maior que o obtido no mesmo período do ano passado, quando esse ingresso foi de US$ 5,250 bilhões.

“É preciso criar incentivos e mecanismos que diminuam o peso dos tributos e atrair capital brasileiro e internacional para investimento”, disse o parlamentar carioca. Ele avalia que entre as medidas importantes para reorganizar o pais está o controle nos gastos. “Não tem como conviver com déficits milionários anualmente. O que se arrecada é o que se pode gastar. Deixar a dívida pública crescer é o pior dos caminhos”, reiterou.

“O PT saiu do governo e o Brasil voltou a ter esperança. Os desafios ainda são enormes, mas o que, de fato, importa é que a economia já dá sinais claros de recuperação. A inflação começou a ceder e os investimentos, aos poucos, estão voltando. Os índices de confiança dos consumidores e dos empresários também estão crescendo a cada mês. Agora sim estamos no caminho certo”, disse o deputado Carlos Sampaio (SP).

Ainda de acordo com o Banco Central, a esperança na retomada do desenvolvimento econômico do ponto de vista da oferta tem como base a expansão da indústria, com avanço de 1,5%, a agropecuária, que deve chegar a 3,5%, e o setor de serviços, cujo PIB deve ter alta de 0,9% no próximo ano.

Pela ótica da demanda, o cenário projetado pela autoridade monetária depende da formação bruta de capital fixo, um indicativo de investimento, com expansão de 4%, enquanto o consumo das famílias e do governo devem crescer 0,8% e 0,5% respectivamente.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/ Fotos: Alexssandro Loyola)

Texto atualizado às 16h20 do dia 29/9

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27 setembro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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