Cobra-se cada vez mais e arrecada-se cada vez menos, por Izalci


Apesar do “impostômetro”, que ultrapassou R$ 1 trilhão só nos últimos seis meses, e do “sonegômetro” que também corre a passos largos, o sistema tributário brasileiro é muito ruim. Dizem que é um dos piores do mundo.

Impostos em número excessivo e em cascata prejudicam o setor produtivo, mas prejudicam ainda mais a população que não tem o retorno desses impostos em serviços públicos de qualidade e investimentos no desenvolvimento econômico do país. Não geramos emprego e renda à altura daquilo que nos é cobrado e, pior, estimulamos a sonegação. 

O Sistema tributário brasileiro faliu e, caso não façamos uma reforma urgente, não haverá imposto algum que tire o Brasil do buraco que entrou.

O sistema ruiu em todos os sentidos. Ruiu porque cobra-se muito de quem age de forma correta. Se ganha calote de quem não paga e nem quer pagar. Além do mais, existe algo que tira o sono e a paciência de quem tenta tirar dúvidas, corrigir falhas ou simplesmente pagar os impostos devidos. É a tal burocracia. Essa é terrível. É tão grande que o empresário que precisa resolver seus problemas tributários enfrenta filas e dias para, pasmem, pagar os impostos. Para cada tributo ou contribuição, existe uma fila e, a respectiva senha.

Hoje, se você errar no cálculo em centavos para mais ou para menos, não tem como corrigir. Você terá que pagar tudo novamente e solicitar o reembolso que pode vir neste ano, o que é quase impossível, ou daqui a vários anos como é de praxe.

Embora muitos não acreditem que a Câmara poderá liderar essas reformas, acho que será a partir do Congresso Nacional que as mudanças acontecerão. As vozes das ruas vêm diretamente para esta Casa. Elas não atravessam a rua para entrar no Planalto, mesmo porque não podem entrar no Palácio sem serem convidadas. Aqui, podem entrar sempre.

(*) Izalci  é deputado federal pelo PSDB/DF.

Compartilhe:
13 julho, 2016 Artigosblog Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *