Matéria vencida


Marcus Pestana critica tentativa do PT de reeditar debate do impeachment

27169760546_43b1d53427_kO deputado Marcus Pestana (MG) criticou a tentativa de parlamentares do PT de reeditar a discussão do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Da tribuna nesta segunda-feira (23), o tucano destacou que o assunto foi debatido e votado tanto na Câmara quanto no Senado. “É matéria vencida recuperar essa questão do impeachment. Eu fico pasmo com essa tentativa de reciclar esse discurso”, lamentou.

De acordo com Pestana, o impeachment é um instrumento de controle social previsto na Constituição e o poder do presidente da República não é absoluto. Ele acrescentou que o Brasil precisava de uma mudança e o Congresso, dentro das normas definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), operou a mudança.

“E ficam com essa ladainha novamente de golpe para lá, golpe para cá, que não cola mais! Não houve golpe, houve um impeachment”, completou. O que houve, na realidade, foi um golpe contra os crimes fiscais praticados pela gestão Dilma, acredita Pestana. Para corrigir a “lambança fiscal” promovida pela contabilidade criativa do PT, o Congresso vota amanhã a proposta de revisão da meta do ano entregue nesta segunda-feira (23) pelo presidente interino Michel Temer.

As reclamações dos aliados da presidente afastada não citam a condenação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, de José Dirceu ou de André Vargas. “Não tirem o PSDB por suas réguas e compassos, o PSDB tem orgulho de Aloysio Ferreira Nunes, de Tasso Jereissati, de Serra, de Aécio, cujas biografias dizem por si mesmas e não vão ser arrastadas para a lama que vocês criaram neste país”, frisou da tribuna.

Pestana comentou o pedido de licença do ministro do Planejamento, Romero Jucá, que teve gravações reveladas pela “Folha de S.Paulo” nesta segunda. Jucá foi alvo de críticas de petistas, que esqueceram o passado com o antigo aliado. “Jucá foi Líder de Lula e de Dilma, então, ele servia lá atrás, agora, não serve?”, questionou.

É preciso reforçar o sistema político porque a população olha com desconfiança para o Congresso. A credibilidade dos parlamentares está em jogo, avalia o tucano. Apesar da confiança baixa, as instituições estão funcionando: Judiciário, Polícia Federal e Ministério Público continuam cumprindo seu papel. Travar a Operação Lava Jato, por exemplo, não é uma opção. “É cavalo selvagem, ninguém põe rédea. O país vai ser passado a limpo. E o presidente Michel Temer, como grande jurista, vai saber corretamente dimensionar o momento e estabelecer a paz política e a convivência harmoniosa e autônoma entre todas as instituições”, finalizou.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola)

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23 maio, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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