Novo comando


Debate sobre Mercosul será uma das prioridades da Comissão de Relações Exteriores sob comando de Pedro Vilela

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O deputado Pedro Vilela (AL) assumiu nesta terça-feira (3) a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) com a expectativa de valorizar as questões que contribuam efetivamente para o Brasil avançar nos temas do colegiado. “Será um ano de muito trabalho e um grande desafio, mas pretendo conduzir os trabalhos ouvindo todos os membros, de maneira imparcial e republicana”, destacou o tucano logo após encerrar os trabalhos na 1ª reunião do colegiado. O também tucano Luiz Carlos Hauly (PR) foi eleito primeiro vice-presidente.

Entre os temas que devem entrar na pauta está o acordo do Mercado Comum do Sul (Mercosul), que reúne Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. “O tema tem sido demandado pelos parlamentares, diplomatas, pela imprensa e, certamente, será um dos primeiros a serem debatidos”, anunciou Vilela.

CONFIANÇA

Presidente da comissão no ano passado, a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) afirmou que, com Pedro Vilela no comando, a comissão se renova e se reforça para enfrentar múltiplos desafios. Por sua vez, o deputado Vanderlei Macris (SP) destacou a confiança demonstrada pela absoluta maioria que consolidou o nome do novo presidente. “Estamos num momento desafiador, sobretudo para quem exerce a presidência de uma das comissões mais importantes desta Casa.” Segundo ele, entre os grandes temas a serem abordados em 2016 estão o fortalecimento da diplomacia parlamentar, a atualização de dados do acordo Mercosul e a recuperação da credibilidade do Brasil no mercado internacional.

A expectativa de Hauly é que haja uma revisão completa da diplomacia brasileira, revigorando aspectos democráticos especialmente dos países que respeitam os direitos humanos. O parlamentar destaca ainda o trabalho em prol das forças armadas nacionais que estão sucateadas e do fortalecimento da Comissão Mista de inteligência, que exige novo enfoque dentro do Sisbin, o sistema de inteligência brasileiros que abrange a Abin e todos os segmentos relacionados a essa inteligência. Ele lembrou a tradição política da família, marcada pelo avô de Pedro Vilela, Teotônio Brandão Vilela, conhecido como o “Menestrel das Alagoas” ou “Menestrel da Esperança”, por sua atuação em defesa da democracia durante o regime de exceção e do tio, Teotônio Vilela Filho, ex-governador do Estado.

Hauly, que está há 25 anos no Parlamento, presidiu a CREDN em dois períodos, marcando o histórico da atuação do PSDB à frente dessa importante comissão. Também exerceram a presidência os deputados Eduardo Barbosa (MG), em 2014; Carlos Alberto Leréia (GO), em 2011; e Eduardo Azeredo (MG), em 2009. Na última formação do colegiado, em 2015, a deputada Bruna Furlan (SP) compunha a mesa diretora como 1ª vice-presidente.

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), considera a comissão de extrema importância. Segundo ele, o PSDB continuará se empenhando para que o Parlamento dê sua contribuição para as relações do Brasil com as outras nações e a defesa nacional.  Como lembrou, no atual governo essa foi uma área marcada pela ideologia bolivariana, que afetou diretamente o setor.

Criada em 1936, a comissão tem entre suas principais atribuições analisar projetos de lei, tratados internacionais e outras proposições referentes às áreas de defesa e de política externa brasileira. Compete-lhe, ainda, o acompanhamento e a fiscalização das ações administrativas exercidas pelo Poder Executivo naquelas áreas, nos termos estabelecidos pela Constituição Federal.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/foto: Alexssandro Loyola)

 

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3 maio, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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