Cartada final


Tucanos rebatem Dilma e dizem que oportunismo e desespero marcam reta final do governo do PT

Geraldo - Caio - Marcus

Prestes a ser afastada do cargo pelo Congresso Nacional, a presidente Dilma tenta, em um ato desesperado, culpar a oposição pela crise na qual ela afundou o Brasil. Nesta segunda-feira (2), deputados do PSDB rebateram declarações da petista feitas no Dia do Trabalho e chamaram a atenção para o pacote de bondades anunciado por ela na iminência do impeachment. Para os tucanos, as atitudes da petista revelam desespero, oportunismo e irresponsabilidade.

Em ato realizado pela CUT, a petista voltou a fazer uso da estratégia de demonizar os que considera inimigos e dizer que o vice-presidente, Michel Temer, pretende acabar com o Bolsa Família caso assuma em seu lugar. Terrorismo semelhante foi feito na campanha de 2014, que entrará para a história como marco do maior estelionato eleitoral da história. Na ocasião, bastou ser reeleita para a petista “esquecer” o que disse.

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Conforme destacou o deputado Geraldo Resende (MS), o discurso da petista é marcado pela mentira. O parlamentar lembrou que o vice-presidente já garantiu que não fará esse tipo de corte. Além disso, esclareceu a origem de vários programas tratados pelo PT como se fossem seus. Na verdade, se originaram em governos de outros partidos, inclusive do PSDB.

As principais benesses anunciadas por Dilma no apagar das luzes do seu governo são o reajuste do Bolsa Família e a correção na tabela do Imposto de Renda. A medida vem à tona dez dias antes da data prevista para a votação do impeachment no Senado que, provavelmente, resultará em seu afastamento por até 180 dias.

O tucano disse esperar que, em pouco tempo, o país consiga debelar a crise causada por Dilma e seu desgoverno. Para ele, o povo não vai ser enganado por reajustes anunciados exatamente para tentar ganhar apoio popular no apagar das luzes do governo sem qualquer preocupação com o rombo orçamentário que ela mesmo está deixando. “Esse pacote de bondades nada mais é que uma tentativa vã de buscar simpatia em alguns setores da sociedade”, alertou.

ESTÁGIO TERMINAL

Para Caio Narcio (MG), tantos as declarações da presidente quanto as últimas atitudes comprovam o “desespero total de um governo em estágio terminal”. “Essa esperteza de final de governo demonstra o desespero de quem ficou anos dizendo que não podia fazer reajustes e aos 49 do segundo tempo resolve, em uma última canetada, tentar mostrar que está preocupada com o povo, quando na verdade nunca esteve”, apontou.

O deputado criticou a presidente por tentar atribuir à oposição uma crise que é resultado de suas escolhas erradas.  “As opções que o governo tomou não podem ser colocadas na cota da oposição. Isso é oportunismo, desprezo pela verdade. Tratam o brasileiro como se fosse ignorante”, avaliou.

O tucano lembra ainda que foram os governistas que não quiseram fazer antes a correção do Bolsa Família com base no índice da inflação. Vetada por Dilma, a proposta foi apresentada pelo senador Aécio Neves (MG) em emenda ao Orçamento de 2016. “Ou seja, a coerência é zero e a mentira é regra”, reprovou Caio.

O deputado Marcus Pestana (MG) também criticou a postura de Dilma. “Por acaso alguém tem um espelho para a presidente Dilma? Quebrou o país com seus equívocos e culpa a oposição?”, questionou, pelo Twitter.

Para os tucanos, Dilma finge esquecer que ela e seu governo patrocinaram a descida do Brasil ladeira abaixo, arrastando milhões de brasileiros para as filas em busca de empregos. Dilma também quer culpar a oposição pelo caos que ela gerou e que levou o brasil a ter dois anos seguidos de queda no PIB e o rebaixamento do país pelas agências de risco, afastando ainda mais os investidores.

LEGADO MALDITO DO PT

11,1 milhões
de pessoas estão desempregadas no Brasil, segundo os últimos dados do IBGE. Em um ano, o número de pessoas procurando emprego aumentou em 3,2 milhões.

3,8%
foi a queda do PIB em 2015. Para este ano, economistas ouvidos pelo BC projetam retração de 3,89%

60 milhões
de brasileiros estavam inadimplentes em março, de acordo com dados divulgados pela Serasa

(Reportagem: Djan Moreno/ fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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2 maio, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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