Desprezo aos interesses do país


Tucanos condenam ameaça do governo petista de sonegar informações em caso de impeachment

MosaicoO atual momento de crise econômica e política exige uma visão republicana para que o Brasil possa retomar o caminho do desenvolvimento. De acordo com os deputados Giuseppe Vecci (GO) e Lobbe Neto (SP), essa deveria ser a postura de um governante preocupado com o futuro do seu país. No entanto, esta não é a postura dos atuais ocupantes do Palácio do Planalto. Na iminência de ser afastada pelo impeachment, Dilma e a cúpula do PT ameaçam não fazer qualquer tipo de transição caso o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma presidência. Fala-se em boicote à entrega de informações e até mesmo na eliminação de bases de dados.

“Basta da mesma lengalenga, do mesmo discurso de que é golpe”, cobrou Vecci. Segundo ele, essa ideia de deixar o peemedebista “à míngua”, sem informações sobre a administração, mostra o desespero de última hora. “Isso mostra a a pequeneza que tem o PT”, reprovou. O parlamentar lembrou a transição feita do governo Fernando Henrique Cardoso para o de Lula, na qual o tucano adotou uma postura republicana e prestou todas as informações para a nova equipe.

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“O importante é sairmos do marasmo, termos uma agenda propositiva de desenvolvimento econômico, que estimule economia, produza riqueza e resgate a dignidade das pessoas”, afirmou. Entre os próximos desafios, segundo Vecci, está o de fazer reformas estruturantes que tirem o Brasil do buraco. “É disso que o país está ávido”, afirmou.

Para Lobbe, o governo petista toma decisões equivocadas de quem quer permanecer no poder para continuar assaltando o cofre público. “Além de todo o mal que o governo da presidente já fez, ainda quer deixar mais bombas armadas para o próximo presidente. Este é o lema do PT”, disse o parlamentar. “É o poder pelo poder, independentemente da ética, da respeitabilidade, do zelo pela coisa pública, da responsabilidade fiscal, coisa que não tem no dicionário do petista”.

Para os tucanos, a postura do “quanto pior, melhor” visando desestruturar o novo governo de olho nas próximas eleições presidenciais é uma postura equivocada. Além disso, lembram  que a chapa reeleita em 2014 era composta por Dilma e Michel Temer. “Vice-presidente não tem voto?”, questionou Vecci.

Para ele, isso faz parte do filme ruim que o PT proporcionou ao país ao mentir e criar um conjunto de improvisos na gestão do Brasil que levou a essa situação de caos. “É o que o Brasil está dizendo agora: basta a improvisação, basta o amadorismo, basta a incapacidade de gestão”.

No Senado, a comissão especial que analisa o impeachment de Dilma deve ser votado no próximo dia 6.  O afastamento por até seis meses deve ser consumado em 11 de maio.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/ Áudio: Hélio Ricardo)

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28 abril, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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