Ministério em desmonte


Macris afirma que falta de credibilidade afasta aliados de Dilma e esvazia Esplanada

A Esplanada dos Ministérios continua desfalcada. Mesmo com a escolha de novos ministros, o clima de paralisia deve continuar. Das 32 vagas, cinco ainda continuam sem titulares mesmo após quatro nomeações que ocorreram nesta sexta- feira (22). O deputado Vanderlei Macris 23475139825_266acb39bc_k(SP) acredita que a grande quantidade de pastas sem ministros mostra que o governo Dilma chegou ao fundo do poço.

Para o deputado, isso mostra que Dilma vem perdendo a credibilidade não só com a população, mas também com os seus próprios aliados. “Os partidos, deputados e senadores que até então tinham certeza que o jogo ia continuar como estava, hoje já têm dúvidas. Então ela não tem mais crédito perante a classe política”, apontou.

De acordo com o Diário Oficial da União, foram nomeados hoje Marco Antônio Martins Almeida para assumir o Ministério de Minas e Energia, Maurício Muniz Barretto de Carvalho para o cargo de ministro da Secretaria dos Portos, Inês da Silva Magalhães para o Ministério das Cidades e Alessandro Teixeira para o Ministério do Turismo. Os ministérios que ainda se encontram em desfalque são: Casa Civil, Ciência e Tecnologia, Aviação Civil, Esporte e Integração Nacional.

Para o deputado do PSDB, Dilma já não é mais presidente em tempo integral. “A caneta dela está cada vez mais vazia de tinta, o que tira a credibilidade dela de exercer seu poder como presidente da República. Eu não tenho dúvida que o governo petista chegou ao fundo do poço, desacreditado pela sociedade, desacreditado do ponto de vista da economia, está na hora da mudança. O fôlego da presidente está acabando, as pessoas já estão entregando seus cargos e considerando Michel Temer presidente”, justificou o tucano.

Trata-se de uma situação completamente inusitada, de acordo com Macris. Apesar de o PMDB ter ainda indicados em ação, mesmo com a entrega de sete pastas e 600 cargos no rompimento com Dilma, o troca-troca não vai ser um por um, ou seja, se Temer realmente assumir e seguir à risca o que prometeu, acabará pelo menos com metade dos cargos, para deixar a máquina mais enxuta.

(Reportagem: Elayne Ferraz/ Foto: Alexssandro Loyola)

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22 abril, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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