Colaboração


Tucanos debatem proposta de prorrogação da DRU com Joaquim Levy em comissão especial

Líder da Oposição conversa com ministro da Fazenda, que participou de reunião da comissão especial.

Líder da Oposição conversa com ministro da Fazenda, que participou de reunião da comissão especial.

A comissão especial que analisa a proposta de prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) ouviu nesta terça-feira (24) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A DRU permite ao governo federal flexibilizar gastos obrigatórios. Atualmente, o mecanismo garante que o Executivo possa usar livremente 20% de todos os impostos e contribuições sociais e econômicas federais. Se a DRU não for prorrogada, a desvinculação expirará em 31 de dezembro.

O líder da Oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), afirmou que a bancada tucana compreende o uso da DRU como instrumento de governança necessário. Ele ressaltou que o partido já manifestou apoio na construção de um entendimento sobre o texto que seguirá para votação em plenário. “Nosso objetivo é colaborar”, ressaltou.

Araújo registrou preocupação com a situação dos estados e municípios. Segundo ele, governadores e prefeitos já pediram que o Congresso Nacional interfira o mínimo possível na autonomia das administrações locais. “Surgiu a proposta de que a PEC pudesse ser autorizativa para que estados e municípios, respeitando a autonomia de suas assembleias legislativas e das câmaras municipais, pudessem se adequar à realidade administrativa local”, explicou. O líder adiantou que a proposta será formalizada.

O deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) compartilha da preocupação. “Se você visitar o Nordeste, vai ver que os municípios estão em situação precária para manter os serviços básicos”, disse. O parlamentar destacou que o PSDB busca dar sua contribuição, ao contrário dos partidos que seguem o lema “quanto pior, melhor”. “A desvinculação de receitas é um tema nacional, não apenas federal. Tem repercussões importantes para estados e municípios”, confirmou o ministro Joaquim Levy.

Em julho, o governo enviou ao Congresso proposta para estender o mecanismo até 2023 e ampliar a desvinculação para 30% do Orçamento. Por acordo, governo e oposição chegaram ao percentual de 25%. Para ser aprovada, a manutenção da DRU precisa passar por duas votações no Plenário, com quórum qualificado – ou seja, com os votos de, pelo menos, 308 deputados em cada uma das votações.

De acordo com a proposta orçamentária, que tramita na Comissão Mista de Orçamento, a DRU representaria R$ 121,4 bilhões no próximo ano, valor que inclui as receitas destinadas aos fundos constitucionais regionais. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que analisou a admissibilidade das PECs, decidiu que os recursos dos fundos não podem ser desvinculados e devem ser excluídos da DRU. Com isso, a flexibilidade prevista pela DRU cairia para R$ 117,9 bilhões.

(Da redação/ Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)

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24 novembro, 2015 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Colaboração”

  1. Lena disse:

    http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/um-zumbi-que-ja-engoliu-r-2-bilhoes/

    DIGO NÃO. Como é de conhecimento público, a DRU que vence em dez/2015, retira dinheiro da saúde, conforme relatórios já divulgados. O governo como qualquer empresa e cidadão precisa respeitar o orçamento. Esse deve também parar de, ao fazer orçamento para anos seguinte, partir do principio que haverá crescimento de arrecadação – PIB não é arrecadação, portanto falso partir daí o ganho de caixa e de impostos. Governo não é confiável, honesto e muito menos respeitador do dinheiro alheio, visto o que ele fez e faz com as contribuições previdenciárias urbanass(INSS). Lançou mão de TODO o dinheiro, joga no demonstrativo do TN como se impostos fossem, quando faz levantamentos/estudos ignora o ingresso de receitas e considera apenas os pagamentos. Tudo manipulado ao gosto de quem quer SEMPRE colocar a mão no bolso alheio. Cortar gastos é urgente em TODOS os poderes, a tal independência financeira e orçamentária e virtual, pois a fonte de recursos são os impostos. Até quando esse país administrado por interesses próprios continuará nessa? Ninguém do governo quer uma nação rica e punjante?

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