Mais tempo


Vice-presidente da CPI do BNDES  defende prorrogação para que investigação seja concluída

haddadO deputado Miguel Haddad (SP), vice-presidente da CPI do BNDES, defendeu a prorrogação da comissão por pelo menos mais 45 dias. O prazo original para a conclusão da atividade parlamentar de inquérito encerra no dia 4 de dezembro. De acordo com o tucano, o colegiado tem trilhado um bom caminho, mas se não tiver mais tempo para reunir informações apresentará um relatório inconcluso, pela metade.

“Se encerrar no mês de dezembro não vamos chegar a um bom termo, vamos ter realizado uma meia CPI”, alertou. O tucano afirma que os sub-relatores já demonstraram preocupação com o curto prazo para apresentarem seus documentos sobre as investigações feitas pelo colegiado. “Tenho conversado com eles e todos alegam que não teriam tempo hábil para apresentar seus relatórios. Há ainda muitas informações que sequer tivemos acesso”, destaca.

O presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), já pediu à Presidência da Câmara a prorrogação dos trabalhos da comissão. O presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o pedido será submetido aos líderes partidários.

Na avaliação de Haddad, será um erro se encerramento acontecer em dezembro. Segundo ele, isso deixa o colegiado sob suspeição.  “Será uma blindagem desnecessária. Temos que ter tempo hábil para ouvir todas as pessoas, analisar os documentos e aí sim encerrar”, disse.

O tucano ressaltou que a convocação feita pela CPI ao empresário José Carlos Bumlai foi um exemplo de que o colegiado está no caminho correto, mas que ainda precisa aprofundar as investigações. Ele lembra que, para aprovar a convocação de Bumlai, houve uma “guerra” entre os membros da comissão, pois parlamentares governistas tentaram blinda-lo. O pecuarista, amigo do ex-presidente Lula, foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (24), mesmo dia em que prestaria depoimento à CPI. A oitiva ficou para o dia 1º de dezembro.

“Ainda temos muito pela frente. Temos que ouvi-lo, ouvir o juiz Sérgio Moro e acessar importantes documentos. Ainda não dá ainda para dizer se o indícios existentes realmente acarretaram em perdas ao banco, em ações irregulares. Precisamos finalizar o que começamos”, disse. 

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Lúcio Bernardo Junior – CD)

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24 novembro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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