Incoerência petista


Com mobilização da sociedade, CGU sobrevive à tentativa de desmonte proposta por Dilma

A pressão da sociedade garantiu a sobrevivência da Controladoria-Geral da União (CGU) na reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma nesta sexta-feira (2). A petista considerou tirar o status de ministério do órgão e distribuir suas funções para outras pastas, notícia que gerou indignação entre a sociedade e parlamentares da oposição.

Nesta semana, o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), discursou em defesa da CGU. Cogitar o fim do órgão foi mais uma das incoerências de Dilma, destacou o líder. Na Assembleia-Geral da ONU, a petista afirmou que o governo não tolera corrupção. Na volta, em vez de adotar propostas de combate ao problema, ela sugere acabar com a CGU, justamente a entidade que aponta fraudes e irregularidades no governo.

“Essa é a lógica do PT, essa é a lógica da presidente Dilma. Uma contradição constante, uma falta de transparência exorbitante, uma falta de eficiência na gestão, gritante, que todos nós estamos vendo”, ressaltou Sampaio.

A CGU é responsável pelo combate à corrupção no Executivo e tem origem no governo Fernando Henrique Cardoso, em 2001. O tucano criou a Corregedoria-Geral da União, que estruturou a Controladoria, lançada em 2003.

“Não é possível falar-se aos quatro cantos que se quer transparência, que se quer decência, que a população não tolera mais a corrupção, e a grande proposta ser o fim da CGU. Acabar com a CGU é acabar com mais uma instância de investigação deste governo que tanto mal faz à nação”, frisou o tucano.

RESPOSTA DA SOCIEDADE
O anúncio do possível fim da CGU gerou protesto de analistas e técnicos do órgão. Os servidores fizeram uma marcha em Brasília na última terça-feira (29) e fecharam três das seis faixas do Eixo Monumental. Os manifestantes contaram com o apoio de movimentos sociais e organizações não governamentais na luta pela manutenção das funções da entidade.

Usuários de redes sociais também protestaram contra a “sugestão” de Dilma. No Facebook, mais de 6 mil pessoas já curtiram a página “Apoio ao Combate à Corrupção – A CGU não pode acabar”, que compartilha fotos e mensagens do movimento. A página reproduziu mensagem do ex-ministro da CGU Jorge Hage em apoio aos servidores.

“Vocês revelaram ao país a ameaça que pairava sobre uma das mais importantes instituições que temos e demonstraram como é possível resistir e vencer as forças contrárias que, por ignorância ou má fé, queriam o retrocesso. A luta deve continuar, para o constante fortalecimento da CGU”, diz Hage na mensagem.

(Da redação)

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2 outubro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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