Defasagem

Geovânia de Sá alerta para déficit de pessoal no Banco Central e cobra nomeação de concursados

A pedido da deputada Geovânia de Sá (SC), a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público promoveu nesta semana audiência pública para debater a demora na nomeação de candidatos aprovados no último concurso do Banco Central.  Com a presença de vários aprovados, o assunto foi discutido com representantes do governo e do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC. Diante do elevado déficit de funcionários no banco, a tucana cobrou a nomeação dos concursados.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL),  Daro Piffer, alertou para o esvaziamento do quadro de servidores no Banco Central, prejudicando a missão da instituição de assegurar a estabilidade monetária e fiscalizar o sistema financeiro nacional. Segundo ele, a conta da demora do governo em nomear os mais de 700 candidatos já aprovados em concurso público incidirá sobre a sociedade brasileira como um todo.

Em sua exposição, a deputada do PSDB lembrou notícia publicada pelo “Diário do Poder” nesta semana intitulada “Governo facilita fraudes no BC mantendo menos servidores que o exigido”. De acordo com a reportagem, a defasagem é de 2.440 funcionários. Do concurso realizado em 2013, foram chamados 315 servidores dos 1.035 aprovados. O Ministério do Planejamento pretende chamar só mais 200, segundo o texto.

Geovânia lembrou ainda que o presidente do BC, Alexandre Tombini, pediu no último 18 a autorização para nomeação imediata de mais de 700 servidores. A deputada perguntou ao Ministério do Planejamento se vai providenciar com urgência a resolução dessa questão. Além disso, lembrou o gasto de R$ 2 milhões para o curso de capacitação. “Os aprovados precisam ao menos ter uma previsão, já que o concurso vence em 27 de setembro”, alertou a tucana, que foi muito aplaudida pelos presentes.

O sindicato alerta que a admissão dos 715 novos funcionários mal cobrirá as 549 aposentadorias previstas somente para este ano e manterá o déficit funcional acima dos 30%. Além de Piffer, participaram também Tamoio Marcondes, assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da  República, Antônio Amaral, representando o Ministério do Planejamento, e Marcelo Cota, chefe de Gabinete da Diretoria de Administração do BC.

(Da redação/foto: divulgação/Áudio: Hélio Ricardo)