Pibinho

Irresponsabilidade e erros do governo do PT paralisaram economia, avaliam deputados

Incompetência e irresponsabilidade levaram o Brasil à estagnação econômica e fizeram com que Dilma Rousseff, em seu primeiro mandato, amargasse o pior desempenho econômico de um presidente da República desde Collor. A constatação é dos deputados Betinho Gomes (PE) e Nilson Pinto (PA) diante do pífio desempenho da economia brasileira em 2014. Conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27), a economia ficou parada no ano passado, com uma “elevação” de apenas 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

País parou – O desempenho medíocre da economia brasileira é resultado de uma política econômica equivocada, como avaliou Nilson Pinto. Para o deputado paraense, o governo tentou fazer o que não podia e está aí o resultado: “o país parou”. Ao mesmo tempo que manteve exorbitantes gastos de custeio, a gestão do PT não investiu como devia em infraestrutura, espantou investimentos com uma profunda crise causada pela corrupção, e anunciou benefícios que não podia sustentar.

“Agora as consequências estão sendo vistas a olho nu por qualquer um. O desemprego aumentou, a inflação e os juros também e o câmbio está uma loucura. A população é quem paga o pato, pois já não compram no supermercado o que adquiriam antes”, criticou o tucano. Ele ressalta que a estagnação econômica se junta às crises política, moral e ética e faz com que toda a sociedade seja prejudicada. “Infelizmente a situação não tende a melhorar enquanto a presidente Dilma estiver no cargo. O melhor que ela faria, para o bem da nação, seria renunciar”, defendeu.

Para Betinho, o diagnóstico é simples: “a incompetência e a irresponsabilidade levaram a nação à bancarrota.” “A presidente quebrou o Brasil”, declarou o tucano ao apontar diagnóstico semelhante feito pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). “A irresponsabilidade econômica do governo Dilma, que fez uma gestão temerária e incompetente, foi o que levou o Brasil à lona.  Quem pago o preço é o setor produtivo, porque a economia está desacelerando, e o cidadão, que paga por um ajuste fiscal fruto de uma ação irresponsável do governo do PT, que gastou mais do que devia”, lamentou.

Consequências do vexame – De fato, enquanto o país para de crescer, o cidadão sente no bolso os efeitos. O PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229. Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%. Com o resultado, a presidente Dilma conseguiu ter o pior desempenho na economia desde Collor: média de crescimento do PIB de 2,1% ao ano. Pior que os dois, só Floriano Peixoto, no início da era republicana (1891 a 1894).  

Como destaca o Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos políticos do PSDB, a estagnação de 2014 representa menos produção, menos investimento, menos emprego, menos dinheiro no bolso e menos consumo. “É precisamente o que está acontecendo com o Brasil. Os brasileiros estão ficando mais pobres”, aponta análise do instituto. O ITV ressalta que, se não fosse uma mudança na metodologia do IBGE, o país teria, oficialmente, entrado em recessão.

Os próximos anos devem ser de mais dificuldades, de acordo com Betinho Gomes. “Serão momentos sofridos para o povo brasileiro. Não acredito em recuperação a curto prazo. A presidente não tem sustentação política, credibilidade nem apoio social. Isso tudo vai dificultar as mudanças necessárias para fazer o país voltar a crescer”, aponta o deputado. Para ele, é difícil crer que o mesmo governo que quebrou o Brasil seja capaz de promover a volta do crescimento econômico.  

Aécio: números coroam mandato medíocre

“O resultado do PIB de 2014 coroa um dos mandatos mais medíocres da história econômica brasileira. Foram quatro anos praticamente perdidos em termos de crescimento da economia. Para um país sedento por melhorias e com enormes desafios ainda a vencer, quatro anos são tempo demais para serem assim desperdiçados. São anos em que as dificuldades da população se agravaram, os atrasos do país se agigantaram e o Estado brasileiro tornou-se ainda menos eficiente para dar conta do seu papel.”
Aécio Neves, presidente nacional do PSDB

(Reportagem: Djan Moreno/ Charge: Fernando Cabral/ Áudio: Hélio Ricardo)