Vergonha alheia


Pronunciamento vergonhoso rendeu ‘panelaço’ merecido à presidente Dilma, afirmam deputadas

Envergonhadas. Assim se sentiram as deputadas Geovania de Sá (SC) e Mariana Carvalho (RO) com o pronunciamento da presidente Dilma pela passagem do Dia Internacional da Mulher, no domingo (8). As 16243168739_fc3873ad93_hparlamentares afirmaram que a contundente reação popular à fala da petista demonstrou que os brasileiros não suportam mais tanta mentira e enganação por parte da petista.

Durante discurso em rede nacional de rádio e TV, uma onda de manifestações marcada por ‘panelaços’ e ‘buzinaços’ tomou conta de diversas cidades. Uma enxurrada de críticas à petista ocupou as redes sociais. Enquanto Dilma pedia “paciência” e “compreensão” ao povo brasileiro, a sociedade reagiu demonstrando que está de saco cheio de tanto “blá blá blá”.

Manifestações de domingo são reflexo de popularidade em baixa, já demonstrada pelo Datafolha

As deputadas afirmam que, além de sentirem no bolso o efeito das medidas tomadas pelo governo, os cidadãos sabem que tais ações têm sido adotadas no intuito de cobrir o rombo deixado pela incompetência e pelas irregularidades dos governos do PT. Além de fugir do foco do pronunciamento – a homenagem às mulheres –, a presidente sequer fez um mea culpa. Atribuiu os ajustes à crise internacional e ainda afirmou que a carga negativa será dividida “em todos os setores da sociedade”. 

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“O que contemplamos ontem foi algo inédito. Há um sentimento de revolta que extrapolou a paciência do brasileiro, que demonstrou isso com essa revolta: o panelaço, as vaias e buzinas”, destacou Geovânia. “Como mulher e como parlamentar, me sinto com vergonha do pronunciamento da presidente. Ela quis dar uma amenizada na situação, mas nos envergonhou”, revelou a deputada.

16243437680_b62bd27a12_hA tucana afirma que a onda de protestos se tornou inevitável.  Para ela, a reação da sociedade se dá principalmente pelo fato de que os atuais acontecimentos mostram uma contradição entre a realidade e aquilo que Dilma pregava durante a campanha eleitoral.

Já Mariana destaca que há um bom tempo a paciência do povo se esvaiu.  “O povo brasileiro não dá mais credibilidade ao que a presidente fala. Suas declarações já viraram motivo de piada. Ela precisa começar a rever a forma de lidar com o povo”, alertou a deputada, que se revelou emocionada ao ver os vídeos dos “panelaços”. Isso mostrou, segundo ela, que o povo voltou a ter seu patriotismo, sabe o que quer e aonde quer chegar.

Também se dizendo envergonhada com as declarações de Dilma, a deputada ressaltou que o momento era de demonstrar a força e sensibilidade feminina e apresentar ações e propostas para as mulheres.  “A presidente não conseguiu mostrar aquilo que esperávamos no Dia Internacional da Mulher.  Ao contrário, ela foi à TV pensando que era 1º de abril”, disse.

Nota absurda do PT- Nota divulgada pelo Partido dos Trabalhadores mostra que a sigla está perdida. Representantes do PT dizem que a manifestação popular durante o discurso da presidente foi orquestrada pela oposição. De forma absurda, os petistas tentam mais uma vez dividir o Brasil entre ricos e pobres e insinuam que o panelaço só aconteceu em áreas nobres. Os petistas minimizam o protesto e tentam passar a ideia de que entre os mais pobres há um contentamento geral com as atitudes da presidente.

Para Geovania, a reação do PT demonstra o desespero de seus integrantes. “É absurdo. Pode-se observar que são vídeos caseiros. Foi um movimento suprapartidário. Esse sentimento não é da oposição, mas de toda população que está revoltada diante das medidas praticadas pelo PT”, disse. Já Mariana considerou a nota totalmente fora da realidade. Segundo ela, o que se viu foi uma sociedade indignada com uma presidente que aproveitouo momento de confraternização para falar mentiras “e coisas que não merecíamos ouvir em um dia tão importante.”

(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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9 março, 2015 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Vergonha alheia”

  1. rubens malta campos disse:

    De pleno acôrdo

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