Consequência nefasta


Para tucanos, Dilma e gestão petista são responsáveis pelo rebaixamento da Petrobras

mosaicoTucanos atribuíram, nesta quarta-feira (25), à presidente Dilma Rousseff e à gestão petista a responsabilidade pelo rebaixamento da nota de risco da Petrobras pela agência Moody´s. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), chamou o episódio de “consequência nefasta da incompetência dos governos corruptos de Dilma e Lula”. “Fizeram uso político dessa empresa e permitiram que uma quadrilha saqueasse e dilapidasse seu patrimônio durante mais de uma década”, reprovou. 

Segundo o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), o rebaixamento prejudica a Petrobras e aumenta o custo de capitalização das demais empresas brasileiras. “É uma péssima sinalização”, disse o parlamentar, que lamentou a derrocada da companhia. “Uma empresa com corpo técnico competente, que ainda é a empresa que mais investe em inovação, não merecia uma condução tão desastrosa, o que é exclusiva responsabilidade dos governos do PT.”

Presidente sem noção – No fim da tarde, Aécio voltou a se manifestar publicamente para criticar a justificativa de Dilma para o rebaixamento – a “falta de conhecimento” da Moody´s sobre o que está acontecendo na estatal. “A fala da presidente é assustadora. Ela não tem noção da gravidade da situação na Petrobras e das consequências disso no restante da economia. Nós podemos estar a passos também do rebaixamento da nota de rating da própria economia brasileira”, alertou.

Em discurso nesta noite, o líder da Oposição na Câmara, Bruno Araújo (PE), destacou que a Petrobras virou tema de aula intitulada “Como destruir uma empresa” da Universidade de Nova Iorque. O professor de Finanças, Aswath Damodaran, explica didaticamente as razões que levaram a Petrobras a chegar ao fundo do poço. O especialista argumenta que “para destruir uma empresa lucrativa, basta seguir à risca os passos tomados pela Petrobras”. Nos slides apresentados na aula, o professor optou por deixar a corrupção de lado. A intenção é focar no péssimo gerenciamento da empresa.

“Invista de maneira desordenada, sem se preocupar com os ganhos futuros; aumente a receita ainda que isso não signifique aumento de lucros; comprometa a empresa com dívidas.  Em 2014, a Petrobras passou a ser a empresa petrolífera com a maior dívida do mundo. Esses foram os passos destacados pelo professor, seguidos criteriosamente pelo Governo do PT para destruir nossa maior empresa”, lamentou Bruno Araújo.

Até o pescoço – Em entrevista à rádio “Jovem Pan”, Sampaio voltou a culpar o ex-presidente Lula e Dilma pelo escândalo que atinge a Petrobras, pois foram os responsáveis por indicar os diretores que a saquearam. “Não é possível que você tenha responsabilidade na indicação e não tenha responsabilidade de cuidar de quem você indicou. Ela não vigiou os seus indicados e a coisa correu solta. Agora, está aí o maior esquema de corrupção da história desse país”, apontou.

O tucano declarou ainda que o PT está “envolvido até o pescoço” no esquema. E lembrou depoimentos já prestados por muitos delatores que detalhavam o rateio dos recursos desviados da companhia. De acordo com eles, seguia para os cofres do PT o correspondente a 3% do valor de cada contrato celebrado entre empresas e a Petrobras. “Portanto, há sim envolvimento. Existem recursos de campanha que foram oriundos desse esquema de pagamento de propina e tudo tem que ser apurado na CPI”, destacou o parlamentar.

CPI será instalada – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará, na Câmara, o esquema de corrupção na petroleira, será instalada nesta quinta-feira (26) às 12h. Os deputados Izalci (DF), Otavio Leite (RJ) e Bruno Covas (SP) serão os representantes titulares do PSDB no colegiado e têm a missão de devassar o esquema que colocou em xeque a credibilidade e a rentabilidade da principal empresa brasileira.

(Da Redação/ Fotos: Alexssandro Loyola)

TEXTO ATUALIZADO ÀS 21h05

Compartilhe:
25 fevereiro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *