Vitória da oposição


Tucanos comemoram criação da CPI da Petrobras e reiteram papel das investigações

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, lê ato de criação da CPI da Petrobras. Tucanos acompanharam anúncio nesta quinta-feira.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, lê ato de criação da CPI da Petrobras. Tucanos acompanharam anúncio nesta quinta-feira.

Deputados do PSDB comemoraram a autorização para criação da CPI da Petrobras na Câmara, anunciada pelo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista atendeu requerimento apresentado pela oposição na noite de terça-feira e que recebeu 182 assinaturas – 11 além do necessário. À tarde, o partido anunciou seus integrantes titulares no colegiado: Bruno Covas (SP), Izalci (DF) e Otavio Leite (RJ).

CPI da Petrobras na Câmara trará as respostas exigidas pela sociedade, diz Sampaio

Advogado formado pela USP e economista pela PUC/SP, Bruno Covas já foi professor de Direito Constitucional. Integrante da CPMI da Petrobras encerrada em dezembro de 2014, o parlamentar do PSDB-DF tem toda a memória da investigação do petrolão no Congresso. Otavio Leite, por sua vez, é do estado onde ficam a sede da Petrobras e obras como o Comperj, e sabe da importância das apurações promovidas pelo Parlamento. Foi, por exemplo, o co-autor da criação da CPI do Apagão Aéreo. 

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Governo enfraquecido – Ao avaliar o anúncio de criação da CPI, o líder do partido na Casa, Carlos Sampaio (SP), destacou o caráter pluripartidário do colegiado, que nasceu com o apoio da oposição e de siglas da base aliada do Palácio do Planalto, e o enfraquecimento do governo petista diante da Câmara. “O que a presidente Dilma já deixou muito claro para todo Brasil é que ela não tem mais a força que tinha dentro da Câmara, que não mais se submete como durante um grande período se submeteu às decisões do Executivo.”

Questionado pela imprensa a respeito da mobilização do PT para comandar a  CPI, e, assim, dificultar as apurações, Sampaio adotou um tom conciliador: “Não há nenhum problema os maiores blocos e partidos terem a presidência e a relatoria de uma CPI”.

O tucano voltou a reforçar o papel da comissão como uma das frentes de investigação sobre os malfeitos na petrolífera. “É nosso papel ajudar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça a identificar para onde foi o pagamento de propina de recursos que eram da Petrobras”, disse.

Líder da bancada em 2014, o deputado Antonio Imbassahy (BA) afirmou que o colegiado terá dois objetivos principais. “Reerguer a Petrobras, que foi saqueada nos governos Lula e Dilma. Segundo, encontrar aquelas pessoas que fizeram tanto mal à estatal, investigando de maneira equilibrada e responsável para que elas sejam penalizadas”, destacou. O tucano ainda cumprimentou Cunha por permitir a instalação da CPI. “A Câmara, mais uma vez, dá demonstração de autonomia. Novos tempos estão surgindo.”

Segundo o deputado Jutahy Júnior (BA), deve ser completa e irrestrita a investigação sobre as falcatruas cometidas na estatal. “A Petrobras foi assassinada pela corrupção do PT. Nós precisamos criar uma nova estatal. Por isso é tão importante a criação da CPI”, declarou. “Não tenho dúvida nenhuma de que esses diretores presos pela Polícia Federal foram lá para roubar e seguir a estratégia de poder dos governos Lula e Dilma”, acrescentou em Plenário.

De acordo com o requerimento acatado por Cunha, a CPI vai investigar a prática de atos ilícitos e irregularidades no âmbito da Petrobras entre os anos de 2005 e 2015, relacionados a superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil; à constituição de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico pela Petrobras com o fim de praticar atos ilícitos; ao superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; e às irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.

Rito – A CPI terá 26 membros titulares e igual número de suplentes, mais um titular e um suplente atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas. O presidente vai enviar ofício para os líderes partidários indicarem os integrantes. Eles não têm prazo para isso, mas não havendo indicação, o presidente pode definir os nomes. Na primeira reunião da CPI, de instalação, será eleito o presidente, que designará o relator. Geralmente, os partidos do presidente e do relator são definidos previamente por acordo dos líderes.

(Reportagem: Luciana Bezerra, com informações da Agência Câmara/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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5 fevereiro, 2015 Últimas notícias 2 Commentários »

2 respostas para “Vitória da oposição”

  1. Francisco Roberto Cavalheiro disse:

    Quem vota no PT certamente brasileiro não é.

  2. Que bom! Fora Lula! Fora Dilma! Fora P.T.!QUE DEUS SALVE O BRASIL!!!

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