Não largam o osso


Vale-tudo do PT: partido recorre a “favores” para ficar no poder, alerta Raimundo Matos

No Brasil, vale tudo para se manter no poder. Pelo menos na visão do PT. Nesta segunda-feira (26), o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) chamou atenção para fatos recém-divulgados que mostram a sanha dos petistas para 13448367485_ce69775dce_zpermanecer no comando da nação.  A revista “Época” denunciou que um empresário doou R$ 17,5 milhões à campanha de Dilma dias após receber um generoso favor do governo. Já a defesa de um dos empreiteiros envolvidos no Petrolão disse à Justiça que o superfaturamento de obras servia para bancar o projeto de poder.

Para o deputado do PSDB, a estrutura do governo federal está contaminada pela corrupção. O tucano faz um alerta: “o Congresso precisa desempenhar seu papel, continuar fiscalizando e não deixar que as investigações parem”. Na avaliação dele, a presidente da República deve uma satisfação ao país diante de tantas práticas ilegais que aconteceram “bem debaixo dos seus olhos”.  “Isso sem falar no estelionato eleitoral que ela cometeu”, disse.

No final de semana, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), anunciou medidas que o partido tomará diante de denúncia da “Época” referente a empréstimos que somam R$ 830 milhões tomados junto ao Banco do Nordeste (BNB) ao Grupo Petrópolis, da cervejaria Itaipava.

PSDB pedirá ao TCU e MPF investigação sobre empréstimos do BNB a grupo de cervejaria

Segundo reportagem, em setembro, o grupo entrou com pedido no BNB para que fosse dispensado da obrigação de apresentar fiança em um dos empréstimos, o que reduziria os custos para a empresa. O pedido foi analisado e aprovado em cinco instâncias do banco em apenas 24 horas. “Agradecido”, o grupo doou, poucos dias depois, R$ 17,5 milhões à campanha presidencial de Dilma. Esse é só mais um exemplo de que para não “largar o osso” qualquer limite pode ser ultrapassado.

Em outra demonstração do desejo desenfreado de manutenção do poder, o governo, como já é de conhecimento nacional, usou a Petrobras para cooptar apoio político. Com isso, cifras ainda incontáveis já foram desviadas.

Na última semana, a defesa do empresário Gérson de Mello Almada, vice presidente da Engevix Engenharia, afirmou, em documento entregue à Justiça Federal, que a estatal foi usada para bancar o “custo alto das campanhas eleitorais”. Segundo os advogados de Almada, preso pela Operação Lava Jato, “a Petrobras foi escolhida para geração desses montantes necessários à compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações partidárias”.

“É importante ressaltar que o Tribunal de Contas da União (TCU) sempre apontou as irregularidades nessas obras”, destaca Raimundo Matos. Ele lembra que nos três governos petistas – dois mandatos de Lula e um de Dilma- órgãos de governo e estatais acabaram sendo aparelhados. “Só está tudo cada vez mais comprovado”, aponta.

O tucano afirma que a demora em nomear o segundo escalão para o atual mandato de Dilma se dá porque as negociações são longas. “Para ganhar os cargos os partidos têm que dar as garantias de que vão votar com o governo no Congresso”, alertou. E o interesse da sociedade fica em último lugar. O importante é se beneficiar do que o Estado – ou melhor, o contribuinte – tem a oferecer.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Kim Maia)

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26 janeiro, 2015 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Não largam o osso”

  1. rubens malta campos disse:

    Entendo que o PSDB está legitimado pelas eleições como sendo oposição ao descalabro que aí está.Está claro o estelionato eleitoral.Não vejo Dilma como se sustentar no seu novo mandato presidencial.

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