Petistas que se cuidem


Em entrevista à “TVeja”,  presidente nacional do PSDB volta a destacar fortalecimento da oposição

tvejaEm entrevista ao canal de vídeos da revista “Veja” veiculada nessa última segunda-feira (15) (assista a íntegra), o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, destaca o fortalecimento da oposição após as eleições e a forte ligação com o anseio de milhares de brasileiros. Na conversa veiculada no site da revista, o tucano comenta ainda escândalos como o petrolão, que a cada dia enfraquece mais a maior estatal do país. “Pela primeira vez existe uma oposição conectada com a sociedade”, apontou o tucano, para quem esse novo status leve muita preocupação ao governo petista.

O tucano destacou também duas características marcantes durante o período eleitoral. A primeira foi protagonizada por Dilma ao fazer a “campanha da infâmia”. Segundo ele, a desconstrução dos candidatos através da mentira, o aparelhamento absurdo do Estado em favor de uma candidatura e o terrorismo eleitoral foram as armas utilizadas pela presidente eleita. Já a segunda característica se dá pelo “despertar do Brasil”, no qual pessoas que jamais se vincularam a partidos saíram às ruas clamando por mudanças. E são a elas que a oposição se une.

Petistas afundam Petrobras

Sobre o escândalo do petrolão, disse que a empresa que era símbolo de desenvolvimento brasileiro tornou-se agora símbolo de corrupção para o mundo. Na opinião do tucano, por muitos anos a estatal carregará a má fama da empresa de petróleo ligada ao maior escândalo de corrupção da história moderna. Destacou, também, que as delações em andamento  apontam, cada vez mais, pessoas próximas do atual governo. 

O tucano chamou de pífio o relatório produzido pelo deputado Marco Maia (PT-RS) na CPMI da Petrobras, que encerra suas atividades nesta semana. “Enquanto órgãos de controle avançam as investigações, o Congresso lava as mãos”, alertou Aécio.

O senador reafirmou a coleta de assinaturas para que uma nova CPMI seja instalada no início de fevereiro. Segundo ele. os novos fatos que surgirão impedirão o Congresso de se manter alheio a tudo que está acontecendo. 

Ainda sobre o escândalo, o parlamentar lembrou que a presidente da Petrobras, Graça Foster,  mentiu em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito. Foster afirmou não ter nenhuma notícia em relação ao pagamento de propina por parte da  empresa holandesa a funcionários da Petrobras. Mas relatos de uma ex-gerente da empresa brasileira provam o contrário. 

O senador constata que, para um governo que realmente deseja descobrir o caso de corrupção, afastar a presidente do cargo é de fundamental importância. Não sendo comprovada nenhuma irregularidade, ela retornaria ao posto. Segundo ele, isso se torna necessário para que não seja passada a sensação de que dentro da empresa busca-se acobertar ou dificultar as investigações. E garante que,  caso as denuncias mais recentes sejam comprovadas, Dilma será cobrada. 

 Aécio relata que um de seus objetivos, caso fosse eleito, seria o de  reestatizar  a Petrobras. Assim poderia retirá-la das mãos da “organização criminosa” que se instalou na empresa. Profissionalizar sua gestão com pessoas qualificadas sem qualquer tipo de contestação seria uma forma de devolvê-la ao país. E ironiza decisão tomada por Dilma de criar uma diretoria chamada de anticorrupção na Petrobras. 

O líder do partido afirma que já começou a apresentar vários requerimentos de informação em relação a obras de setores como energia e transporte, entre outras. Isso está sendo feito com base nos relatos de delatores do esquema. Eles asseguram  que roubalheira não se restringe somente à Petrobras. Ainda de acordo com o parlamentar, a oposição defenderá arduamente que instituições como Ministério Público e Polícia Federal tenham absoluta independência e liberdade para ir à fundo nas investigações.

O senador citou também a declaração  do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes de que “diante do petrolão, o mensalão seria julgado em tribunal de pequenas causas”.  Segundo Aécio, o sentimento de indignação e perplexidade é o mesmo que o de milhões de brasileiros.

Lei do Calote

Questionado sobre a aprovação da “Lei do Calote” de Dilma, Aécio lembrou que a presidente da República cometeu crime de responsabilidade por não ter cumprido a meta fiscal. Segundo Aécio, a base do governo a anistiou às custas de distribuição de cargos públicos, ministérios e espaços de poder. “O fato é humilhante para o Congresso. Nenhum presidente assumiu o mandato tão fragilizado por sua base de apoio como a atual”, analisou.

(Reportagem: Thábata Manhiça/Foto: reprodução) 

 

 

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16 dezembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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