Uma fraude atrás da outra


Parlamentares condenam tática do PT de desqualificar falcatruas envolvendo a Petrobras

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Vítima da péssima gestão petistas, Petrobras não sai do noticiário político-policial. Auditoria do TCU identificou gestão temerária nas obras do Comperj, no interior do RJ.

A presidente Dilma Rousseff, o PT e a grandiosa base governista se desdobram para conter o vazamento de escândalos promovidos na Petrobras, mas, até agora, a força-tarefa tem sido incompetente na missão. Do profundo poço de falcatruas na estatal, que o Tribunal de Contas da União (TCU) vem pacientemente escavando, surgem mais evidências de que o buraco é bem fundo.

Por meio de auditoria, o órgão identificou uma série de irregularidades na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj): discrepâncias entre as estimativas de investimento, decisões sem análise adequada de riscos e contratações sem licitação. Duas delas somam R$ 7,6 bilhões. Segundo os técnicos do TCU, é “temerária” a gestão da estatal nas obras do empreendimento.

Para tucanos, a constatação não é mais surpreendente do que a tática adotada pelos petistas e aliados de desvalorizar o assalto contínuo aos cofres da companhia, mantidos por acionistas e contribuintes. “A gestão do PT é um verdadeiro desastre. O que está vindo à tona é apenas uma parte de tudo que está às escuras. Se for procurar, vai encontrar muito mais”, afirmou nesta quinta-feira (16) o deputado Pinto Itamaraty (MA). “É prática contínua deles (petistas) tentar reduzir todo e qualquer escândalo diante da sociedade. Cabe a ela e a nós, especialmente, mostrar a veracidade dos fatos”, completou.

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 O parlamentar contestou ainda a versão propagada por Dilma Rousseff e aliados de que esse governo permite a apuração irrestrita de fraudes e desvios de recursos. “O governo Dilma não investiga. Hoje existem diversas possibilidades para investigar, acompanhar e fiscalizar. Jamais ela iria investigar algo que denuncia o governo dela, ainda mais nesse momento eleitoral”, disse.

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“A gestão do PT é um verdadeiro desastre. O que está vindo à tona é apenas uma parte de tudo que está às escuras”, diz Pinto Itamaraty.

FOGO AMIGO – Os artifícios do Palácio do Planalto são, inclusive, criticados por integrantes da base de apoio à petista no Congresso, como o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ). Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, ele disse que Dilma deveria “ter demitido a diretoria inteira da Petrobras quando começaram a surgir as acusações de corrupção dentro da estatal”. Questionado se ainda dá tempo para ela tomar a medida, o peemedebista afirmou que “agora é inócuo”.

 Na avaliação do deputado Izalci (DF), que faz parte da CPI Mista da Petrobras, a corrupção contamina todas as estruturas do governo federal e deve ser minuciosamente investigada. “Além do caso da Petrobras, é muito grave saber que ocorre o mesmo nas obras das rodovias, do saneamento básico, de infraestrutura, de esgoto”, declarou o tucano na tarde de quarta-feira (15), na tribuna da Câmara. “Nas obras do Minha Casa, Minha Vida, como disse o Paulo Roberto Costa, as empreiteiras também participavam, tendo que superfaturar e distribuir propinas para os partidos da base”, acrescentou.

 O parlamentar se referiu ao depoimento prestado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal à Justiça Federal em 8 de outubro. Na audiência pública, Costa afirmou que um cartel de empreiteiras superfaturava as obras da companhia e repassava 3% do valor líquido de cada contrato para o PT e partidos da base. O pagamento do suborno, afirmou o delator, era a garantia de que elas continuariam a prestar serviços e fazer obras para outros órgãos federais.

Para apurar a acusação de Costa, Izalci disse que quer a convocação do presidente e do superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho e Eduardo Frade Rodrigues, para depor na comissão parlamentar de inquérito. “É para ver o que o Cade fez até agora com relação à formação de cartel. Foi dito pelo delator que havia o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) em torno de 10% a 20% das obras e eram adicionados mais 3%”, explicou o parlamentar.

 RELAÇÃO INTERMINÁVEL – A lista de obras e serviços suspeitos na Petrobras é extensa. Além de irregularidades na construção do Comperj, são investigadas a aquisição da refinaria de Pasadena (EUA), pela qual a empresa desembolsou US$ 1,249 bilhão, e a construção das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, cuja previsão de investimento saltou de US$ 2,5 bilhões para US$ 20,1 bilhões, e Premium I, no Maranhão.

 Estão também sob apuração a venda de poços na África a um preço bem abaixo do mercado para o banco BTG Pactual e o suposto pagamento de propina no valor de US$ 139 milhões a funcionários da estatal pela empresa holandesa SBM Offshore. “Nunca se roubou tanto neste país. Nunca se desviou tanto recurso público, um desvio institucional”, concluiu Izalci.

(Reportagem: Luciana Bezerra, com informações do jornal “Folha de S.Paulo”/ Foto: Alexssandro Loyola/ Foto: divulgação/Áudio: Hélio Ricardo)

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16 outubro, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Uma fraude atrás da outra”

  1. rubens malta campos disse:

    Com o Aécio Presidente,será oportuno pensar-se em processo por crime de responsabilidade previsto no art.52 da CF.Tem muita gente a se tornar réu e ré.

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