Avanço quase nulo


Dois meses após fim da Copa, “legado” soma obras abandonadas e atrasadas

14090768977_16db62c4f1_zO atraso em obras que deveriam ter sido entregues para a Copa do Mundo de junho comprova a falta de planejamento e a morosidade nos empreendimentos do governo federal. O deputado César Colnago (ES) afirmou nesta segunda-feira (29) que o legado do mundial para os brasileiros foi quase nulo graças à ingerência petista. Dois meses após o fim do evento, inúmeras obras permanecem abandonadas e outras esbarram em problemas.

Boa parte dos empreendimentos para a Copa, especialmente os de mobilidade urbana, não ficou pronta e praticamente parou. Com muita sorte e mais eficiência os empreendimentos podem ficar prontos para as Olimpíadas de 2016. O jornal “O Estado de S. Paulo” fez um levantamento com obras que somam R$ 3,2 bilhões em investimentos. A situação é desanimadora. Enquanto algumas sequer têm previsão de conclusão, outras estão abandonadas. Segundo a CGU, que monitora 324 ações voltadas para o mundial, 67,3% dos R$ 25 bilhões previstos foram desembolsados. O restante (32,7%) se refere às não concluídas.

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“Não há nenhum planejamento. Esse é um governo completamente desorganizado. Isso faz com que as obras encareçam pela lentidão, fruto da desorganização”,  diz Colnago, ao lembrar que inúmeras dessas ações foram apontadas como irregulares. Em sua avaliação, é lamentável que o povo brasileiro tenha visto o país perder uma grande oportunidade de investir em um legado para o futuro.

 “O povo brasileiro não teve praticamente nenhum legado da Copa, seja na área do transporte ou da mobilidade urbana, afinal ficou tudo por concluir, a não ser os estádios”, destaca o tucano.

Alguns dos principais exemplos de ações inconclusas estão em Cuiabá. O aeroporto, que não teve as obras de ampliação e reforma terminadas, viu parte do teto desabar após algumas chuvas. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da capital mato-grossense só alcançou 40% da execução física. Em Manaus, outro aeroporto inconcluso. No Recife a morosidade se deu com o BRT que deveria estar pronto em março, mas só tem 14 das 45 estações dos eixos norte-sul e leste-oeste em funcionamento.

 Para Colnago, essas são demonstrações de como o governo da presidente Dilma utiliza mal os recursos públicos e toca obras que deveriam melhorar a vida das pessoas. “E essa lentidão irá continuar e será ainda maior se não tivermos um governo que restabeleça, planeje e recoloque a economia nos eixos e o crescimento para que se tenha capacidade de investimento e ter as obras nos tempos determinados”, avalia.  

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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29 setembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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