Inconsequência petista

Raimundo Matos critica discurso de Dilma Rousseff na Assembleia Geral da ONU

 O deputado Raimundo Matos (CE) classificou de inconsequente o discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na quarta-feira (24).

 A petista aproveitou a ocasião para fazer campanha eleitoral e criticou as intervenções militares dos Estados Unidos, legitimando assim, ainda que involuntariamente, o grupo radical Estado Islâmico (EI).

 Instalados entre a Síria e o Iraque, militantes extremistas têm chocado o mundo com suas práticas cruéis, como as decapitações. A última delas foi de um turista francês, de 55 anos. O grupo terrorista Soldados do Califado – ligado ao EI – assumiu a autoria do assassinato.

 “É muito triste observarmos a presidente Dilma usando a mídia internacional para tentar promover o Partido dos Trabalhadores e não mostrar o que realmente acontece no país”, disse o tucano nesta quinta-feira (25). “É também preocupante a presidente Dilma defender o Estado Islâmico, que vem espalhando o terrorismo”, acrescentou.

 A atuação da petista foi alvo de uma série de críticas. Ela utilizou metade do discurso de 24 minutos para alardear as controversas mudanças promovidas pelo PT nos últimos 12 anos no país. Quando destacou os temas internacionais, Dilma disse que o “uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos”. Em entrevista a jornalista após a solenidade, ela criticou a ação americana contra o EI.

 Segundo o parlamentar do PSDB, Dilma demonstrou nesse episódio seu total descompromisso com o processo democrático e com a estabilidade internacional. Conduta perigosa, apontou ele, que a petista repete à frente do país e quando questionada sobre malfeitos de sua gestão. Entre eles, os sucessivos casos de corrupção na Petrobras.

 Matos afirmou que é fundamental a atenção da sociedade a essas manifestações da presidente. “É importante que os nossos ouvintes pensem sobre qual país querem para o futuro”, disse. “Se é um país do fortalecimento do processo democrático e da transparência ou se é um país onde temos uma presidente da República que diz que não sabe de nada.”

 (Da redação/ Áudio: Hélio Ricardo)