Erro "banal"


Sucateamento do IBGE pela gestão petista afeta pesquisas, critica Hauly

14104823819_b20462255c_zEm resposta à declaração da presidente Dilma de que foram “banais” os erros do IBGE na divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) afirmou que banal é o governo da petista. “Um governo pífio, sem organização e sem apoio às instituições”, disse o tucano nesta segunda-feira (22). Apesar de admitir as falhas, a presidente minimizou o episódio e disse que não há sucateamento no órgão. Mas o parlamentar do PSDB garante que há uma desconstrução da instituição, que está prestes a cair no descrédito.

“O problema do governo do PT é a banalização e sucateamento das instituições. Ela tem razão de dizer que é banal, mas não os erros do IBGE. Banal é o governo dela”, afirmou o tucano. Segundo ele, o IBGE sofre com a maneira petista de governar. “Falta de dinheiro, falta de atenção e aparelhamento do IBGE com membros do partido do governo  fizeram com que houvesse um estresse muito grande no órgão e a consequência são esses erros”, avalia.

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Números trocados – Na quinta-feira (18), o IBGE informou que houve um aumento da desigualdade no Brasil. O índice de Gini, que mede a diferença entre ricos e pobres, teria subido em 2013 em relação a 2012. Agora, depois da correção, a desigualdade supostamente diminuiu. O índice era de 0,498. Agora é de 0,495. Quanto mais perto de zero esse número, menor é a desigualdade. Já a renda média mensal do brasileiro aumentou 3,8% em relação a 2012, e não 5,7%, como anunciado a princípio. A estimativa do salário médio foi corrigida de R$ 1.681 para R$ 1.651. A taxa de analfabetismo também mudou. Tinha caído de 8,7% para 8,3%. Agora, o instituto diz que caiu para 8,5%.

Para Hauly, a falta de recursos, o aparelhamento e o desestímulo à carreira dos profissionais levaram o órgão a deixar de ser o que já foi um dia: uma instituição séria e respeitada. “E a culpa é exclusivamente de Dilma e de seu partido”, critica. Ainda que os erros tenham sido reconhecidos e possam ser realmente fruto apenas de uma conta errada, como o IBGE alegou, Hauly avalia que é preciso voltar a tratar com atenção e investimentos o mais importante órgão de estatísticas do país.

Depois da divulgação dos dados corrigidos, o governo criou duas comissões para investigar os erros. Uma comissão de especialistas independentes vai verificar se há outros equívocos na pesquisa. A outra comissão – de sindicância interna – vai apurar as causas do erro e de quem foi a responsabilidade.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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22 setembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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