Indicador estagnado


Incompetência e corrupção emperram redução da desigualdade, avalia Domingos Sávio

O país precisa ser reorganizado para voltar a reduzir a desigualdade social. A avaliação foi feita pelo líder da Minoria na Câmara, deputado Domingos Sávio (MG), nesta sexta-feira (19). A Pesquisa Nacional 12621883804_8232e3b3a6_z
por Amostragem de Domicílios (PNAD) divulgada ontem pelo IBGE mostra que a queda da desigualdade, em curso desde meados da década de 1990, emperrou nos últimos três anos. Desde 2011, o indicador praticamente não sai do lugar. O mais conhecido termômetro de concentração de riqueza, o índice de Gini, registrou leve piora no ano passado e passou de 0,496 para 0,498. Quanto mais perto de 1, maior a disparidade de renda.

Especialistas afirmam que há um esgotamento dos mecanismos que produziram resultados positivos. Para Sávio, é preciso promover o crescimento do país com incentivo à produção, qualificação de mão de obra e geração de empregos. Os programas sociais devem ser mantidos, mas não podem ser considerados a principal estratégia para reduzir a desigualdade.

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“Temos que ter esse espírito de manter esses programas. Mas eles não são suficientes. A melhor estratégia para resolver a desigualdade social é o desenvolvimento do país, pois é com ele que se gera oportunidades e empregos de melhor qualidade”, avalia.

Programas de transferência de renda, a melhora do mercado de trabalho para os menos escolarizados e o aumento da formalização ajudaram a elevar a renda dos mais pobres. Mas o mercado de trabalho estancou. O país parou de crescer e de gerar oportunidades. Um ciclo negativo teve início no governo Dilma. Desde 2011, o crescimento da economia perdeu fôlego e a desaceleração, que já tinha chegado à indústria, começou a afetar o comércio e os serviços. O salário mínimo subiu menos em 2012 e 2013.

O tucano atribuiu a estagnação da queda da desigualdade à incompetência e corrupção do atual governo. Em sua avaliação, o Brasil precisa de uma mudança profunda. “Temos que reorganizar o país sob uma ótica de maior eficiência na gestão pública. Da forma como está, temos uma nação menos competitiva, com altos custos. Quem paga essa conta é o povo brasileiro”, alertou Sávio.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Kim Maia)

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19 setembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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