Peça publicitária


Presidente Dilma deve concluir mandato com obras do PAC 2 pela metade

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi usado como principal peça publicitária pelo PT para eleger Dilma presidente em 2010. Hoje, o programa se tornou o maior exemplo da incompetência da 8658355165_871502dc5d_z“grande gerente” apresentada à nação na época. Obras inconclusas, atrasos e empreendimentos que sequer saíram do papel marcam o PAC 2.

“Realmente o PAC empacou. O Brasil inteiro tem visto que o problema é de capacidade gerencial”, avaliou o deputado Nilson Pinto (PA) nesta segunda-feira (15). De acordo com a Ong Contas Abertas, Dilma deverá entregar o PAC 2 pela metade, uma comprovação de que o governo fracassou em uma de suas principais promessas. De acordo com o 10º Balanço do PAC, apenas 15,8% dos empreendimentos foram concluídos. Outros 38,6% ainda estão em execução e 45,6% estão literalmente apenas no papel.

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O deputado paraense alerta que o mundo real é bem diferente da ilha de fantasia criada pelo marqueteiro petista João Santana. No Brasil real, nenhum dos 285 Centros de Iniciação ao Esporte foi concluído. Os 47 projetos de infraestrutura turística também não haviam sido entregues até a divulgação dos números e só 8% dos 352 projetos de mobilidade urbana foram finalizados. Também longe das cinematográficas propagandas, foram concluídas apenas 6,7% das obras do Ministério da Educação, responsável pela construção de creches, pré-escolas e quadras esportivas.

Em suma, Nilson Pinto afirma que o problema não é falta de recursos, mas sim de gestão.  “A presidente Dilma, que foi apresenta ao povo brasileiro como uma grande administradora, acabou demonstrando no PAC e em tantas outras iniciativas uma falta total de capacidade de gerenciamento e de execução”, afirma.

Setor elétrico – Mesmo com todos os alertas do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o risco de déficit energético no país, mais da metade das obras do setor de energia não foram concluídas no governo Dilma. Apenas 254 construções das 725 previstas no PAC 2 foram entregues, o equivalente a 35%. Os dados englobam o que foi realizado entre janeiro de 2011 e abril de 2014. Há 134 empreendimentos que ainda não saíram do papel (18,5% das obras). Usinas hidrelétricas, eólicas e uma termoelétrica a biomassa estão entre elas. As obras de transmissão também estão em ritmo lento. Só 40% das 177 previstas foram realizadas.

Nilson Pinto afirma que o Brasil enfrenta hoje, além dos problemas de corrupção, questões sérias de cunho administrativo. “O que aconteceu no setor elétrico é exemplo nítido disso. O setor hoje está uma balburdia. A energia teve as tarifas aumentadas no país inteiro por conta de falta de planejamento e de gestão. Isso em uma área onde a presidente foi ministra e considerada a grande gerente”, criticou.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Kim Maia)

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15 setembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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