Haja sujeira!

Pasadena: interferência de Lula no TCU mostra como PT age por debaixo dos panos, diz líder

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), condenou a interferência direta do ex-presidente Lula na decisão do Tribunal de Contas da União de isentar a presidente Dilma de responsabilidade na mal sucedida compra da refinaria de Pasadena, quando ela comandava o Conselho da Petrobras, em 2006.

De acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal “O Estado de São Paulo”, o principal líder petista teria convocado José Múcio Monteiro, ministro da corte de contas, dois dias antes da avaliação do caso. Logo depois, Múcio, que foi ministro de Relações Institucionais de Lula, e foi nomeado pelo ex-presidente para o TCU, procurou os colegas e ponderou sobre a necessidade de inocenta-la. “Essa é forma de agir do PT, de forma suja, por debaixo dos panos”, apontou o tucano em seu perfil no Facebook.

Ainda segundo a matéria. Até o início da semana havia a expectativa até mesmo no governo de que o ministro relator do caso iria indicar a responsabilidade de Dilma, que votou a favor da compra da refinaria como presidente do conselho.

O líder do PSDB na Câmara havia considerada acertada a aprovação, pelo TCU, do relatório que responsabiliza 11 executivos da Petrobras pelo prejuízo milionário causado pela compra da refinaria. No entanto, defendeu a continuidade no processo de apurações para que haja ressarcimento aos cofres públicos e a responsabilização de Dilma.

O documento aprovado pelo tribunal contabiliza prejuízo de US$ 792,3 milhões na negociação feita e aponta entre os responsáveis o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli, o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró e o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa.

Na quinta-feira (24), o deputado do PSDB anunciou o ingresso de representação junto à Procuradoria-Geral da República solicitando que seja revisto o arquivamento da apuração de supostas irregularidades praticadas pelo Conselho de Administração da Petrobras na compra da refinaria. Para Imbassahy, o arquivamento foi, no mínimo, precipitado.

(Da redação/Foto: Alexssandro Loyola)