A passos lentos


Abi-Ackel: evolução pífia do Brasil em ranking de desenvolvimento é mais uma vergonha para o governo

Paulo-Abi-ackel-Foto-Beto-Oliveira-Ag-Camara-300x197O deputado Paulo Abi-Ackel (MG) considerou muito tímida a evolução dos indicadores sociais brasileiros demonstrados pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2013, divulgado nessa quinta-feira (24) pela Organização das Nações Unidas (ONU). O país passou, em um ano, da 80ª para a 79ª posição no ranking com 187 nações. A comparação com países vizinhos e demais emergentes comprova a lentidão. Entre os chamados Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), só a Rússia cresceu menos que o Brasil. Na América Latina, teve a terceira pior evolução. 

Na avaliação do tucano, a situação brasileira neste ranking é vergonhosa. “Ganhamos uma enorme promoção ao subir uma posição”, ironizou o tucano nesta sexta-feira (25). “Há recursos abundantes disponíveis que poderiam ser aplicados e nos colocar em situação muito melhor”, avaliou o parlamentar ao analisar a lista, que traz a Noruega no topo.

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O IDH leva em conta a expectativa de vida (de 73,9 anos, no Brasil) e a renda per capita (de US$ 14.275), além dos anos esperados de escolaridade (15,2) e a média de anos de estudo da população acima de 25 anos (7,2). Esses itens referentes à educação são os que mais têm impedido a evolução do país.  Vizinhos latinos apresentam média de escolaridade bem maior, como Argentina (9,8 anos), Chile (9,8 anos) e Cuba (10,2 anos).

Para Abi-Ackel, o país ainda possui muita desigualdade e não faz os investimentos necessários para melhorar a educação e outros setores sociais. Na opinião do parlamentar, a colocação no ranking é o reflexo de um governo lastimável e que não enfrentou os problemas nacionais durante um período que pode ser considerado “uma década perdida”.

“Essa é a prova concreta e absoluta da incompetência petista. O governo é centralizador. Quer resolver tudo com o mau humor da presidente, que se recusa a dialogar, e é incapaz de fazer reformas estruturais e estabelecer planos para o futuro”, apontou. Em sua avaliação, o país precisa urgentemente retornar ao caminho do progresso e fazer os índices melhorarem em menor espaço de tempo.

De acordo com o relatório, o IDH ajustado à desigualdade brasileira é 0,542. Isto significa que o Brasil cairia 16 posições no ranking – em um grupo de 145 países – porque este indicador considera em seu cálculo as disparidades na população. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) ressalta que a desigualdade no país ainda é grande.

O governo petista contestou o resultado do levantamento e disse que a ONU usou dados desatualizados. Como forma de justificar a pouca evolução do país, o Planalto alegou que a utilização de dados recentes colocaria o Brasil em 67º lugar.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Kim Maia)

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25 julho, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “A passos lentos”

  1. rubens malta campos disse:

    Esse é mais um assunto a ser bem explicadinho na campanha eleitoral.

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