Crise sem fim

Tucano: setor elétrico mostra desestruturação com empréstimos bilionários espetados na conta de luz

O anúncio de mais um empréstimo bilionário ao setor elétrico brasileiro, com a futura cobrança da conta para o consumidor, mostra a necessidade de mudanças de gestão de uma área essencial, mas que sofre consequências nefastas da gestão petista. “O Brasil precisa urgente de um novo modelo de gerenciamento. O serviço é péssimo e o governo parece querer fazer graça com o consumidor”, afirmou o deputado Valdivino de Oliveira (GO).

Cálculos da Safira Energia consideram o novo empréstimo (R$ 6,5 bilhões) e o socorro anterior, de R$ 11,2 bilhões, além do repasse de custos das térmicas de 2013, que foi adiado para 2015. Resultado: a conta de luz deve ficar de 24% a 25% mais cara em 2015 e também em 2016. Somente este novo empréstimo tem impacto de cerca de 3% na conta de luz.

O tucano classificou como “ultrapassado” e “ineficiente” o modelo de gestão do atual governo para o setor. “Faz tempo que o modelo energético do governo não é o melhor. As distribuidoras estão falidas e a medida encontrada pelo PT tem como único objetivo evitar um colapso”, destacou Valdivino. Ele afirmou ainda que o fato de a presidente Dilma Rousseff ter sido ministra de Minas e Energia não a preparou para lidar com a questão energética.

O acordo para ajudar o setor energético, fechado na semana passada com um consórcio de dez grandes bancos, prevê que o BNDES entrará com R$ 3 bilhões e os demais bancos com R$ 3,5 bilhões, seguindo os moldes do empréstimo anterior, de R$ 11,2 bilhões, realizado em abril por um consórcio de bancos públicos e privados.

As condições de financiamento ainda estão sendo fechadas, mas já é certo que o BNDES emprestará os recursos nas mesmas condições dos demais bancos e usará recursos próprios, sem necessidade de aportes do Tesouro. O novo empréstimo deve ser anunciado pelo governo até sexta-feira e liberado às distribuidoras até o fim do mês.

(Da Agência PSDB, com alterações/Foto: Alexssandro Loyola)