Herança maldita


Duarte Nogueira: com recessão batendo à porta, Brasil colhe frutos da má gestão petista 

 duarteRecessão é a palavra mais adequada para definir o mau momento vivido pela economia brasileira. O diagnóstico não se restringe apenas aos economistas, analistas de mercado e à oposição: até mesmo a equipe econômica do governo Dilma já admite a possibilidade de o Produto Interno Bruto (PIB) registrar resultados negativos no segundo e terceiro trimestres deste ano. O cenário é desanimador: PIBinhos seguidos, inflação em alta, juros nas alturas, indústria em queda, comércio com desempenho contido, pouca confiança do empresariado e mercado de trabalho registrando seus piores indicadores em mais de uma década e meia marcam o Brasil de Dilma e do PT em 2014.

Em meio a esse triste quadro, o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nessa segunda-feira (21), confirma a piora na expectativa por um bom desempenho da economia em 2014. Pela oitava semana consecutiva os analistas cortaram as estimativas para a expansão da economia. Há uma semana, a previsão era de alta de 1,05%. Agora, caiu para 0,97%. Se confirmado o número, será o pior resultado desde a crise financeira global. A Consultoria GO Associados e o Banco Fibra apostam em um crescimento do PIB ainda menor: 0,5% em 2014.

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Para o presidente do PSDB-SP, deputado Duarte Nogueira (SP), a situação é lamentável, mas facilmente compreendida ao se observar a forma como a nação tem sido conduzida nos últimos anos. O tucano avalia que o país, infelizmente, está colhendo os maus frutos da atual gestão.“O governo plantou uma gestão perdulária, com gastos excessivos, desperdícios, desvio de recursos públicos, superfaturamento, aparelhamento do Estado, falta de produtividade, descaso com a eficiência e a meritocracia. Agora o país está colhendo isso”, enumerou nesta terça-feira (22).

As projeções de crescimento cada vez menores, e mais distantes dos irreais 2,5% ainda propagandeados pelo governo, foram impulsionadas pelos indicadores pessimistas recém-divulgados. Em maio, por exemplo, a produção na indústria caiu pelo terceiro mês consecutivo, o que deve se repetir quando o número de junho for divulgado. Só no setor automotivo, a produção recuou 23% no período.

O setor terciário também não vive seus melhores dias. O comércio varejista apresenta um desempenho contido. Em abril teve o pior resultado desde 2003, com crescimento de apenas 0,4% nas vendas. Em maio, subiu 0,5%. Tudo isso alia-se a uma inflação que já ultrapassou o teto da meta, chegando a 6,52% no acumulado dos últimos 12 meses. Com isso, cresce a desconfiança do empresariado, a geração de empregos perde fôlego e a população sente na pele os efeitos desse mau momento.

Como se não bastasse ter que enfrentar a carestia nos supermercados, encarar as duras filas do Sistema Único de Saúde, conviver com a insegurança em casa e nas ruas e tantos outros males que marcam o governo do PT, a população vê as oportunidades no mercado de trabalho minguarem. Dados do Ministério do Trabalho mostram que o saldo entre admissões e demissões com carteira assinada atingiu o menor patamar desde 1998.

“Quem sofre é a população, que perde a esperança na melhoria de oportunidades. Por isso que há um sentimento de mudança. Tem que haver um modelo diferente desse que está aí, que é o governo do improviso, do apadrinhamento e da companheirada. Governo esse que não deu certo”, critica Nogueira.

Com tantos números ruins, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ficou em 46,4 pontos em julho, abaixo da linha dos 50 pontos – o que indica desconfiança dos executivos consultados na pesquisa feita pela Confederação nacional da Indústria (CNI). É o pior patamar dos últimos 15 anos. Segundo Nogueira, o governo afugenta todas as possibilidades de atrair investimentos e melhorias. “A realidade econômica e social do país está aí para mostrar isso com clareza”, aponta.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Kim Maia)

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22 julho, 2014 Últimas notícias 2 Commentários »

2 respostas para “Herança maldita”

  1. rubens malta campos disse:

    Essa barbaridade tem que ser bem explicada na campanha eleitoral que se avizinha.

  2. O Brasil de hoje (PT) importa de tudo: Eletrodoméstico, carros, autopeças, alimentos etc. A ameaça à indústria brasileira é tão forte que o governo brasileiro resolveu criar imposto para os produtos importados. Com a Escassez e autos preços de produtos no mercado, as vésperas das eleições, o governo resolveu retirar os impostos de importação para continuar enganando o povo.

    (Escassez econômica é um fenômeno indesejável, uma vez que leva à ineficiência econômica de um país.)

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