Prejuízo aos cofres públicos


Líder defende atuação do TCU para investigar venda suspeita de terreno do BNDES

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), defendeu a atuação do Tribunal de Contas da União para apurar a venda de um terreno do BNDES em Brasília.  O TCU barrou a transação suspeita, destacada pela revista “Veja” nesta semana. Segundo o deputado, o órgão de fiscalização não poderia mesmo deixar o polêmico negócio passar em branco.

Como alerta o semanário, o terreno localizado no centro da capital federal é avaliado em R$ 285 milhões, mas foi negociado por R$ 51 milhões — um prejuízo aos cofres públicos que pode superar R$ 230 milhões. A estranha operação virou alvo de investigação do TCU. “Por ordem do ministro Augusto Sherman, a transferência do terreno para o novo dono foi embargada até que sejam esclarecidas as condições do negócio”, diz trecho da matéria.

Laudo encomendado pelo próprio banco avaliou o terreno em R$ 107 milhões. No entanto, o documento ponderou que caso houvesse necessidade de vendê-lo às pressas – o que não era o caso – o preço poderia ser reduzido para R$ 45 milhões, valor que acabou sendo adotado pelo BNDES para a licitação.

O lote foi comprado por uma empresa que tem entre suas diretoras uma irmã do engenheiro que assinou o laudo encomendado pelo banco de fomento. “É brincadeira o BNDES vender esse lote por R$ 51 milhões. Quem comprou por esse preço ganhou cinco ou seis vezes na Mega-Sena”, diz à revista o diretor da Câmara de Valores Imobiliários de Brasília.

(Da redação/Foto: Alexssandro Loyola)

 

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22 julho, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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