Desmandos na estatal


 Izalci afirma que CPI Mista da Petrobras avançou muito ao quebrar sigilos de Costa e Youssef

14669198454_3f281f7bdd_bIntegrantes da CPI Mista da Petrobras aprovaram, nesta quarta-feira (16), os requerimentos de quebras dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e temático (internet) do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.

Na avaliação do deputado Izalci (DF), que é suplente do PSDB no colegiado, a comissão avançou muito ao aprovar esses requerimentos, essenciais para elucidação de muitos dos malfeitos na companhia. “Com isso, poderemos convocar outras pessoas depois de verificar as documentações”, afirmou o tucano. “Vamos encontrar nelas as amarrações e o direcionamento dos recursos. Depois, será possível convocá-los para tirar alguma dúvida”, acrescentou.

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Costa e Youssef foram presos em março pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sob suspeita de formação de um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado R$ 10 bilhões. Costa chegou a ser solto em maio, mas, no mês seguinte, voltou à carceragem da PF. No entendimento da Justiça, o ex-diretor poderia fugir do país, já que mantinha cerca de US$ 23 milhões em contas na Suíça.

Foi ainda determinada pelos parlamentares da comissão a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico das filhas e dos  genros do ex-diretor da Petrobras. Eles são acusados pelo Ministério Público de atuarem com Costa para destruir documentos relacionados aos supostos crimes investigados na Lava Jato.

Os integrantes do colegiado aprovaram também o requerimento de convite do deputado Carlos Sampaio (SP), que é titular do PSDB no colegiado, ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba (PR) e responsável pelo inquérito da Lava Jato. Em junho, o magistrado determinou o compartilhamento das provas da operação com as comissões parlamentares que investigam malfeitos na Petrobras.

O tucano destacou também a aprovação da quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Youssef e de Paulo Roberto Costa. “O acesso a estes dados sigilosos é essencial para a investigação, pois eles são acusados de pagar propina a agentes públicos e parlamentares. Não vou dar trégua. Quero mostrar ao Brasil os nomes daqueles que roubaram essa que é a mais importante empresa do país”, disse Sampaio, líder da bancada tucana em 2013. 

DE FACHADA – Houve aprovação à quebra dos sigilos da MO Consultoria. A empresa era uma das controladas pelo doleiro e, de acordo com as investigações da PF, seria utilizada para repassar propina a políticos e servidores públicos. Pelo laudo da polícia, a MO recebeu R$ 89,7 milhões de contratados e subcontratados da Petrobras.

A CPI mista volta a se reunir na próxima quarta-feira (23) para analisar centenas de requerimentos ainda pendentes.

(Da redação/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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16 julho, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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