Irmã Dulce, a Santa da Roma dos Pobres, por Antonio Imbassahy


Em 26 de maio celebramos, com devoção e alegria, os 100 anos de nascimento da querida Irmã Dulce, a quem tive a graça de conhecer. O Anjo Bom da Bahia, a Bem-Aventurada Dulce dos Pobres é, sem dúvida, uma das personalidades mais marcantes da recente história da humanidade.

Ela viveu por um nobre ideal e construiu, na sua aparente fragilidade, a incrível fortaleza de suas ações, alimentada pela inabalável confiança na Providência Divina e na amizade com Santo Antonio de Pádua, seu fiel protetor. Suas obras falam aos nossos corações.

Essa Santa freirinha levou o Deus vivo a milhares de irmãos desamparados. Tamanha foi a sua entrega que transformou um galinheiro em um Hospital, que, mais tarde, deu lugar às Obras Sociais de Irmã Dulce. Até hoje, essa é a “última porta”, para milhares de pessoas, e a que jamais se fecha.

Para manter as portas abertas e o atendimento gratuito, como era seu desejo, as Obras Sociais contam com a colaboração e dedicação de muitos, sob a coordenação de uma guerreira, que, não por acaso, tem o nome de Maria Rita, uma alma generosa e abnegada, que recebeu a tarefa nobre e árdua de dar continuidade à missão de Irmã Dulce, que cumpre com dedicação e competência, realizando uma gestão de referência nacional, fiel aos desejos da Dulce dos Pobres, sua tia e mãe de muitos.

Com atendimento 100% por meio do SUS, realizando 4 milhões de atendimento ambulatoriais ao ano, as Obras necessitam do apoio de todos. O SUS repassa R$ 8,5 milhões por mês, que não são suficientes para fazer frente aos custos do trabalho.

Peço a todos que continuem ajudando as Obras Sociais de Irmã Dulce, pois, como ela mesma ensinou, “o pouco de muitos, se soma”. E, somando, vamos ampliando essa que, como dizia o saudoso Cardeal Arcebispo de Salvador, Primaz do Brasil, Dom Avelar Brandão Vilela, “é uma obra de Deus!”.

Creio que não há modo melhor de reverenciá-la do que cuidando e ampliando o seu extraordinário legado de misericórdia e fé.

O papa Bento XVI, em abril de 2009, “concedeu o reconhecimento de que irmã Dulce viveu, em grau heroico, as virtudes cristãs da fé, esperança e caridade autorizando oficialmente a concessão do título de Venerável à freira baiana”. Após a beatificação, em 2011, passou a ser conhecida com o título de “Bem- Aventurada Dulce dos Pobres”.

O Vaticano espera outro milagre para declará-la Santa. Porém, nós baianos, assim já a reconhecemos e veneramos por seus milagres operados todos os dias na Capital da Bahia, onde, da nossa Roma, bairro humilde de Salvador, já a bendizemos.

Que Irmã Dulce seja para o povo brasileiro modelo de serviço generoso, dedicação ao próximo e solidariedade. Sejamos inspirados por ela a construir um Brasil mais humano. Ela, que está perto de Deus, nos recomende a todos, nas necessidades dos mais sofridos e carentes.

*Antonio Imbassahy é líder do PSDB na Câmara dos Deputados

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27 junho, 2014 Artigosblog Sem commentários »

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