Cronologia da má gestão


Governo do PIBinho é incompetente para deixar um verdadeiro legado da Copa do Mundo

Fatos ocorridos em maio explicam a insatisfação de parcela muito expressiva da população com os rumos do governo Dilma. Às vésperas do início da Copa do Mundo, o legado em termos de obras desejadas pela população é muito aquém do prometido por Lula em 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar o torneio. No campo econômico, dados divulgados pelo IBGE mostram um país estagnado, enquanto a maior empresa estatal do país – a Petrobras – continua frequentando o noticiário político-policial com seus escândalos. Confira esses e outros destaques que marcaram o mês:

Cadê as obras prometidas para o Mundial?: em 2007, quando o Brasil ganhou o direito de sediar o principal torneio de futebol do mundo, petistas venderam a ideia de que a Copa deixaria um legado muito significativo para a população. Mas o que se vê às vésperas do campeonato são várias obras inacabadas ou até mesmo abandonadas, sobretudo nos aeroportos e nas intervenções de mobilidade urbana. Ou seja, os petistas desperdiçaram a oportunidade de avançar nas melhorias que a população tanto reivindica e focou os gastos nos estádios.

A frustração da população em virtude da falta de planejamento e da incompetência do PT é uma das razões para os protestos ocorridos em várias cidades brasileiras ao longo do mês, sem contar o desgaste da imagem do país no exterior. Dentro de campo o Brasil pode ser hexa, mas fora dele foi eliminado bem antes de colocar a mão na taça.

Economia patina: no dia 30 o IGBE divulgou números desastrosos da economia brasileira, que registra desempenho pífio ao longo da gestão Dilma. As projeções indicam que seu governo entrará para a história como o 3º pior em termos de crescimento da história da República, ganhando apenas de Floriano Peixoto e Fernando Collor.

Os dados do 1º trimestre apontam alta de somente 0,2% no PIB. Endividadas e aterrorizadas com o aumento dos juros, as famílias reduziram o consumo – houve o recuo de 0,1% frente ao último trimestre do ano passado. Tão alarmante quanto é a queda dos investimentos no período: 2,1%. Já a indústria representou o principal destaque negativo, com queda de 0,8% no primeiro trimestre ante os quatro últimos meses de 2013.

A divulgação contínua de indicadores negativos sobre o desempenho da economia brasileira comprova que o modelo adotado pelo PT para promover o desenvolvimento está completamente esgotado.

charge-2705Planalto tenta barrar, mas CPMI sai do papel: em sintonia com o Planalto, próceres da base aliada ao governo Dilma se articularam ao longo do mês para tentar impedir a investigação dos desmandos na Petrobras por meio de uma comissão parlamentar de inquérito com a participação de deputados e senadores.  Uma das estratégias era manter uma CPI chapa-branca no Senado sem qualquer disposição para apurar a sequência de denúncias envolvendo a maior estatal brasileira, que nas palavras do líder Antonio Imbassahy vem sendo saqueada ao longo da era petista. Mas para a frustração do governo Dilma, a CPMI foi instalada no último dia 28.

Maus negócios se sucedem na Petrobras: ex-presidente  do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma amarga em seu governo a revelação de sucessivos maus negócios e denúncias envolvendo a Petrobras. Em maio a imprensa trouxe mais escândalos à tona, como a polêmica venda de poços de petróleo da Petrobras na África a um preço bem abaixo do mercado e uma série de denúncias envolvendo o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa. A lista de malfeitos é grande, e abrange também grandes obras também no Brasil, como a construção da Refinaria Premium I, no Maranhão, que já consumiu cerca de R$ 1,6 bi e está muito longe de começar a funcionar. Relatório e vistoria do TCU apontam graves irregularidades nesse empreendimento. No caso da refinaria de Abreu e Lima, Paulo Roberto resumiu a incompetência da atual direção da estatal ao dizer que o orçamento da obra foi calculado com base em uma “conta de padeiro”. 

Popularidade em baixa: pesquisas divulgadas em maio confiram o diagnóstico detectado por levantamentos feitos em meses anteriores: a maioria da população está frustrada com os rumos do governo Dilma. No início de maio, por exemplo, pesquisa ISTOÉ/Sensus detectou que 66,1% das pessoas avaliam o governo como regular ou negativo e 49,1% desaprovam o desempenho pessoal da presidente. Metade dos eleitores (50,2%) acredita que o Brasil não está no rumo certo.  A má gestão também dó no bolso:  65,9% apontam queda no poder de compra em relação ao ano anterior. É a inflação corroendo a renda dos brasileiros.

charge-2305PAC se arrasta: incompetência e falta de planejamento são os dois ingredientes que inflaram os orçamentos de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e extrapolaram os cronogramas.  Doze grandes obras da 2ª etapa do programa tiveram elevação em  mais de R$ 42 bilhões dos seus custos. Além dos atrasos recorrentes, o governo petista não consegue sequer gastar os recursos autorizados para o PAC. Nem a verba do orçamento de 2007 foi totalmente aplicada. Como muita propaganda e pouco resultado, o programa está mais para peça de marketing do que para um efetivo conjunto de ações capaz de revolucionar a infraestrutura do país. Em maio Dilma reciclou o PAC do Saneamento, que se arrasta Brasil afora. Da dotação de R$ 14,9 bilhões para obras e ações de saneamento nos orçamentos federais de 2011 a 2014, apenas R$ 4,8 bilhões tinham sido pagos até abril.

Ministros batem cabeça: célebre por colecionar fracassos administrativos e políticos, o governo da presidente Dilma Rousseff demonstrou mais uma vez à população sua falta de rumo, com a trombada entre os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), os principais da Esplanada. Em entrevista publicada no dia 14, Mercadante admitiu que  o governo federal segura os preços de combustíveis e energia para evitar impactos na inflação. Ele foi desmentido logo depois por Mantega, que citou reajustes recentes nos dois itens.

Banho de sangue: nunca antes na história deste país tantas pessoas morreram assassinadas como em 2012. Foram que 56.337 pessoas, de acordo com dados preliminares do Mapa da Violência. Entre os fatores para o triste recorde está a omissão do governo federal nas políticas de segurança pública. Tráfico e consumo de drogas estão na raiz da explosão de insegurança. Armas e entorpecentes entram pelas desguarnecidas fronteiras, e recursos federais que deveriam ajudar as polícias estaduais a se equiparem para enfrentar o problema não são liberados. Além disso, fundos como o Funpen e o de Segurança Pública, para reforço da estrutura penitenciária, são contingenciados e Polícia Federal encontra-se num processo de sucateamento. 

(Da redação/Charges: Fernando Cabral)

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2 junho, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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