Em baixa


Para deputados, reprovação popular de Dilma cresce junto com desmandos do governo

A queda na popularidade de Dilma Rousseff e na aprovação de seu governo é resultado da percepção, cada vez maior, dos problemas crescentes causados pela gestão petista. Os deputados Izalci (DF) Alfredo Kaefer (PR)  afirmam que o desgaste da imagem da presidente acompanham as denúncias de desmandos. De acordo com pesquisa Ibope, o percentual dos que desaprovam a maneira de Dilma governar superou a quantidade de defensores, subindo de 43% em março para 48%.

O levantamento mostrou que o governo já começa a se aproximar dos índices de popularidade de julho do ano passado, auge das manifestações de rua e época das piores avaliações. Naquele momento a gestão de Dilma teve 49% de desaprovação.  A aprovação ao governo, por sua vez, caiu de 51% em março para 47%. Na pergunta sobre a qualidade do governo Dilma, 34% responderam que o consideram “ótimo ou bom”, outros 34% afirmaram ser “regular”, e 30% responderam que avaliam o governo como “ruim ou péssimo”.

Play

A aprovação tem caído desde dezembro, quando 43% o consideravam “ótimo ou bom”, 35% afirmavam ser “regular” e 20%, “ruim ou péssimo”. O Ibope ouviu 2.002 pessoas entre os dias 10 e 14 deste mês. “O povo começa a tomar conhecimento do que está acontecendo com a política do país: a má gestão, a rotina diária de corrupção, a ineficiência da máquina, aumento dos impostos e aumento da inflação”, enumerou Izalci.

Em sua avaliação, nem mesmo as inúmeras propagandas oficias e os discursos inflamados de Dilma e seus apoiadores têm conseguido camuflar a realidade.   “Com a propaganda conseguem enganar por muito tempo, mas uma hora o povo começa a sentir no bolso os resultados da economia, percebem que há diferença entre o discurso e a prática”, disse.

9144081829_5fc38a2b78_b

Para o tucano, as denúncias envolvendo a maior empresa do país, a Petrobras, contribuíram bastante para a percepção negativa da sociedade. “A Petrobras chamou a atenção porque é um orgulho nacional. E essas notícias chamaram atenção para o fato de que há outras coisas escondidas”, avaliou.

Já Kaefer afirma que a polêmica compra da refinaria de Pasadena caracterizou um exemplo claro de como a presidente Dilma age irresponsavelmente em suas tomadas de decisões.

A pesquisa mostra que a confiança em Dilma também caiu: hoje, 51% dizem não confiar nela, contra 44% que afirmam confiar. Em março, eram 47% e 48%. A desaprovação do governo entre os que moram na periferia aumentou 11 pontos percentuais, passando de 27% para 38% o índice dos que consideram o governo ruim ou péssimo. A avaliação positiva caiu de 31% para 29%.

“As pessoas estão informadas  e começam a perceber uma desconstrução da estrutura do Estado. Há escândalos aparecendo a toda hora, a inflação está em alta e tudo isso dá essa percepção negativa ao povo, que começa a rejeitar a administração da presidente”, acredita Kaefer.

(reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

Compartilhe:
22 abril, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *