O escândalo da Petrobras, por Bonifácio de Andrada


A situação nacional, à medida que se aproximam as eleições de outubro, vem oferecendo uma série de questões que não podem passar despercebidas da opinião pública. O Governo da Presidenta Dilma Rousseff tem se desdobrado em fatos graves, que infelizmente revelam o crescimento da onda de corrupção que predomina em toda a administração federal.

Os escândalos na área da Petrobras revelam que a nação não apenas assiste a um espetáculo danoso para a moralidade pública, mas, o que é mais sério, vinculam a primeira mandatária do país diretamente às decisões perigosas que enfraquecem a imagem brasileira na vida internacional.

A Presidenta claramente autorizou uma operação financeira da Petrobras, que constitui uma danosa providência para o erário público, prejudicando as finanças e a atuação econômica daquela importante instituição petrolífera. É espantosa a atitude dos Parlamentares que apoiam a Presidenta ao tentar impedir, pelas suas Lideranças, a implantação de uma Comissão de Inquérito a respeito daquela escandalosa ocorrência de negociações de compra de empresa no exterior, o que demonstra a tentativa de se esconder tal fato.

Por outro lado, é triste verificar que setores significativos dos meios de comunicação assumem uma atitude de omissão, não divulgando, como deviam, esse escândalo governamental. É preciso que os homens públicos, de um modo geral, não deixem de focalizar tema tão grave para esse momento brasileiro. Há necessidade de que matéria dessa natureza seja, obrigatoriamente, focalizada na mídia, de modo que se possa compreender os diversos aspectos da irregular transação petrolífera.

O Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Joaquim Barbosa, com a sua alta responsabilidade judicial, manifestou publicamente a necessidade de se estabelecer regras na área da comunicação midiológica, mesmo nos órgãos menores de publicidade, mostrando a interferência negativa que nesse espaço ocorre, com a influência do poder econômico e dos grupos de expressão financeira, que, indiscutivelmente, abrangem muitos órgãos governamentais.

A chamada “verdade” que a Presidência da República gosta de mencionar em relação ao passado que ela critica, é preciso existir, também, na análise dos acontecimentos malignos de hoje, como este da Petrobras, que foi concretizado com pleno conhecimento da nação.

(*) Bonifácio de Andrada é deputado federal pelo PSDB-MG. (foto: Alexssandro Loyola)

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9 abril, 2014 Artigosblog Sem commentários »

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