Cronologia da má gestão


Falta de transparência, descaso com dinheiro público e inversão de prioridades marcam janeiro

Em um prazo de apenas quatro dias de janeiro, Dilma e integrantes do seu governo foram protagonista de polêmicas que marcaram o mês. No dia 24 a petista fez um discurso no Fórum Econômico Mundial que não encontra eco na realidade. De lá, partiu para uma hospedagem nababesca em Portugal. De Lisboa, partiu para Cuba. No país comandado pelos irmãos ditadores Castro, inaugurou um porto financiado pelo BNDES enquanto a infraestrutura brasileira escancara deficiências de Norte de Sul. Confira este e outros fatos do mês recém-encerrado:

Irrealismo em Davos:  ao participar do Fórum Econômico Mundial, Dilma falhou na rara oportunidade para tentar reverter a onda de descrédito e baixa credibilidade internacional que acompanha seu governo. O principal problema é que a petista elencou compromissos e práticas inexistentes em sua gestão, como a “busca pelo centro da meta de inflação”, a manutenção das “contas públicas sob controle” e a expectativa de que o Brasil está pronto para fazer “a Copa das copas” ao mesmo tempo em que a Fifa faz cobranças públicas a respeito do atraso das obras. Portanto, é nítida a falta de sintonia entre discurso e realidade, ajudando a aumentar a desconfiança dos agentes econômicos na atuação do Planalto.

charge-2701Gastança em Portugal: sem qualquer compromisso oficial e em sigilo, Dilma e sua comitiva desembarcaram em Portugal para uma programação marcada pelo luxo, com direito a hospedagem em hotel top de linha e jantar em um dos restaurantes mais exclusivos do país. A gastança foi classificada como uma afronta aos brasileiros. Para piorar, na tentativa de dar explicações, integrantes do governo petista fizeram declarações contraditórias que acabaram sendo desmentidas por envolvidos na passagem por Portugal.

Cuba privilegiada com investimentos: portos, aeroportos, ferrovias e rodovias brasileiras clamam por investimentos. Áreas como saúde, educação e segurança também. Mas o governo Dilma prefere gastar lá fora. A ditadura cubana é um dos parceiros preferenciais. A petista esteve no dia 27 na ilha caribenha para a inauguração do terminal de Mariel, que recebeu investimento de US$ 682 milhões em financiamento cujas cláusulas são mantidas em sigiloso absoluto pelo BNDES. A cerimônia ocorreu três dias após Dilma ter clamado por mais investimentos no Brasil durante sua passagem pelo Fórum Econômico Mundial de Davos.

Confisco de poupanças: o confisco da caderneta de poupança de meio milhão de brasileiros e a utilização do recurso para engordar o lucro da Caixa Econômica Federal mostram que o governo petista perdeu o limite, afirmaram parlamentares tucanos em janeiro, quando a manobra veio à tona. Em 2012, a CEF encerrou irregularmente 525.527 contas sem movimentação por até três anos e com valores entre R$ 100 e R$ 5 mil. O saldo dessas contas foi lançado, também de forma irregular, como lucro no balanço anual do banco, à revelia dos correntistas e do órgão regulador do sistema financeiro. No total, o confisco soma R$ 719 milhões, em mais uma das inúmeras manipulações contábeis deste governo.

Metas descumpridas: falta menos de um ano para o governo Dilma terminar. Mas se depender do que ocorreu desde 2011, muitas promessas de campanha da petista não sairão do papel, inclusive em áreas como saúde e educação, sem contar o abandono completo das reformas política e tributária. Dilma prometeu, por exemplo, criar 6 mil creches, mas entregou menos de 1,5 mil. Na saúde, disse que construiria 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), mas fez menos de 200. Ao longo do tempo, a fama de “gerentona” foi literalmente se apagando.

Verbas para presídios no papel: num mês em que tiveram repercussão internacional barbaridades ocorridas no presídio de Pedrinhas, no Maranhão, o PSDB denunciou a baixa execução orçamentária de recursos para construção e melhoria dos presídios. Nos três primeiros anos do atual governo, foram liberados apenas 10,8% do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) no período de 2011-2013: R$ 156,1 milhões executados de uma previsão de investimento de R$ 1,4 bilhão. Para piorar, o governo petista tenha jogar a culpa nos estados numa tentativa de encobrir sua falta de planejamento.

charge-1601Omissão nos Direitos Humanos: o partido também pediu investigação da conduta das ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres) por suposta omissão em relação às graves violações de direitos humanos cometidas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Crimes de tortura, de abusos sexuais contra mulheres e de indevida alocação de pessoas com deficiência mental em celas comuns, junto aos demais acautelados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, são ocorrências do cotidiano daquele presídio há anos.

Economia continua a preocupar: indicadores relacionados à economia e divulgados em janeiro reforçam a tese de que o PT leva o Brasil para o mau caminho. Classificada de “bicho-papão” pela revista “The Economist”, a inflação nos últimos 12 meses foi de 5,91%, acima das expectativas do mercado. A preocupação com a alta dos preços levou o Banco Central a elevar a taxa de juros a 10,5% no dia 15.  Também em janeiro, o Ministério do Trabalho  informou que o país teve, no ano passado, a menor nível de geração de empregos dos últimos dez anos, consequência do “PIBinho”.  Além disso, vieram à tona mais manobras contábeis do governo federal para cumprir a meta de superávit primário, a economia para pagar juros da dívida pública, gerando insegurança ao mercado financeiro.  O fato é que os dados do ano passado mostram que o governo federal gastou como nunca, investiu uma ninharia e produziu o menor saldo fiscal desde 2009, ano de severa crise financeira.

(Da redação/ Charges: Fernando Cabral – PSDB)

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3 fevereiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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