Propaganda enganosa


Deputados atribuem à incapacidade do PT elevado índice de adultos analfabetos no Brasil

Os deputados Domingos Sávio (MG) e Izalci (DF) afirmaram nesta quarta-feira (29) que o relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre o índice de analfabetismo 6841599320_db7db150bb_zreflete a incapacidade do governo petista, preocupado apenas com o marketing político. O Brasil aparece em oitavo lugar com maior número de analfabetos adultos, numa lista com 150 países.

“O governo federal não mostrou competência e vontade política para fazer os investimentos necessários na educação, assim como não fez na saúde e na segurança pública”, criticou Domingo Sávio. “Está preocupado em fazer propaganda e demagogia, em investir em outros países”, completou, em referência à visita da presidente Dilma Rousseff a Cuba, onde inaugurou o moderno Porto de Mariel, financiado com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012 e divulgada em setembro de 2013, a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais foi estimada em 8,7%, o que corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país.

Izalci afirmou que o Palácio do Planalto deveria reduzir os gastos com a inchada máquina pública para aplicar em áreas sociais. Na opinião do parlamentar, o resultado não surpreende por causa da forma como o governo trabalha. “Falta realmente um controle maior dos gastos para poder aumentar a margem de investimento, principalmente na educação”, avaliou.

O deputado acrescenta que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, está preocupado em fazer política, abandonando assim os interesses da pasta. “Trabalhamos nos últimos meses com um ministro de meio expediente, que fica metade do tempo cuidando da política e não se preocupa com os interesses do ministério”, reprovou.

8112609759_e857ce1be6_zOs tucanos destacam que Mercadante atuou contra o Plano Nacional de Educação (PNE). Em dezembro, a proposta foi aprovada pelo Senado, mas ainda voltará para a Câmara. O projeto, que deveria entrar em vigor em 2011, estabelece uma série de obrigações em dez anos, entre elas a erradicação do analfabetismo, o oferecimento de educação em tempo integral e o aumento das vagas no ensino técnico e na educação superior.

A redação aprovada pelos senadores governistas, em vez de obrigar o Executivo a investir em educação pública, exige investimento público em educação.  De um modo geral, a troca de alguns trechos fez com que o Estado pudesse incluir no orçamento da educação verbas de programas que incluem parcerias com entidades privadas. Além disso, não prevê a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área. “O ministro trabalhou contra os royalties, contra o Plano Nacional de Educação”, recordou Izalci.

Domingos Sávio alertou sobre a ideia de um corte no Orçamento que indique real comprometimento com o equilíbrio das contas públicas. De acordo com a “Folha de S.Paulo”, a equipe econômica de Dilma estuda reduzir recursos de áreas como a educação. Sob ameaça de um rebaixamento na classificação de risco do país pelas agências internacionais, o governo tenta recuperar a sua credibilidade fiscal.

“O governo usa o dinheiro do brasileiro para fazer turismo com dinheiro público e quer cortar investimento em educação”, condenou. Ele lembra a recente visita de Dilma a Lisboa regada a vinhos caros, diárias em luxuoso hotel da cidade e jantar em renomado restaurante.

(Reportagem: Gabriel Garcia / Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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29 janeiro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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