Cronologia da má gestão

Em dezembro, Dilma vende país da fantasia na TV enquanto economia consolida mais um pibinho

O rol de promessas de campanha descumpridas por Dilma é grande, a começar pelo compromisso em fazer a economia brasileira acelerar. No entanto, no último mês de 2013 a petista convocou pela 7ª vez rede nacional de rádio e TV para vender a imagem de um país em franca prosperidade. Mas a realidade que o brasileiro sente no dia a dia é bem diferente. A mãe que confiou na construção de 6 mil creches, por exemplo, ficou na mão. Quem esperava mais proteção contra os efeitos das enchentes de verão também se viu desemparado, pois parte significativa dos recursos para prevenção não saiu do papel, prejudicando milhares de pessoas em estados como o ES. Confira estes exemplos e outros destaques do mês:

Petista faz balanço fictício na TV:  Dilma convocou cadeia e rádio e TV pela 7ª vez para mais um show de propaganda e ilusionismo. Ao invés de acusar terceiros de fazerem “guerra psicológica” para “inibir investimentos”, a petista deveria antes fazer a sua parte para que o Brasil se torne atrativo e se livre dos sucessivos  pibinhos.  Poderia ainda pedir desculpas, por exemplo, pelo sucessivo descumprimento de metas para entrega de obras prometidas. É o caso das 6 mil creches, que se tivessem saído do papel poderiam ter ajudado a aliviar o cotidiano de milhares de mães país afora. Até outubro, só 120 tinham sido efetivamente entregues.  Em sua fala de 11 minutos veiculada no dia 29, Dilma exaltou compromisso com pontos que, na verdade, são pontos fracos da sua política econômica, como o equilíbrio das contas públicas e o controle da inflação.

País no rumo errado: divulgada em dezembro, a retração de 0,5% no PIB do terceiro trimestre em relação ao período imediatamente anterior é o resultado de uma política econômica desastrosa, que não consegue debelar o crescimento da inflação e estimular investimentos. O fato é que o governo Dilma chega ao fim do ano com a credibilidade da economia abalada, fruto dos resultados ruins e das maquiagens nas contas públicas. Indicadores como juros elevados e deterioração da balança comercial e explosão da dívida externa apenas comprovam que o Brasil está no rumo errado e coloca o país numa situação de desconfiança em relação ao futuro, sem contar o abalo nos alicerces deixados pela gestão tucana.

Mais impostos: os turistas brasileiros receberam um presente de grego no Natal. Depois de corrigir a tabela do Imposto de Renda abaixo da inflação como forma a possibilitar o aumento da arrecadação, o Planalto anunciou, em pleno período de férias, a elevação de 0,38% para 6,38% a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para cartões de débito no exterior, compras de cheques de viagem e saques de moeda estrangeira em outros países. No lugar de penalizar ainda mais o contribuinte, a petista poderia, por exemplo, reduzir o número de Ministérios, que hoje são 39, alguns criados para acomodar “companheiros”.

Verba antienchente no papel: no final do ano veio à tona a informação de que o governo federal gastou somente 28% dos R$ 18,8 bilhões do que se comprometeu, em agosto de 2012, para o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais. Enquanto isso, milhares de pessoas de estados como MG e ES sofriam com os efeitos das enchentes. Mais uma vez a gestão petista mostrou sua falta de planejamento.

Uso da máquina: autoridades da gestão petista são acusadas pelo PSDB de cometer abuso de poder político e econômico ao enviarem mensagens de promoção pessoal da Presidente da República a todos os servidores públicos federais no dia 23 de dezembro de 2013. Na avaliação do partido, o e-mail enviado aos servidores, a pretexto de ser uma mensagem de Natal e de festas de Ano Novo, foi autêntico ato de promoção pessoal da cidadã, e provável candidata à reeleição.

 Livros denunciam malfeitos da gestão petista: dois livros anunciados no fim do ano passado mostram o mal que o PT está provocando ao país e o esgotamento de suas ações à frente do Planalto. De autoria historiador Marco Antonio Villa, “Década perdida – Dez anos de PT no poder” aponta legados nocivos ao país, como o aprofundamento do processo de desmoralização da política. Já Tuma Junior, que que comandou a Secretaria Nacional de Justiça no governo Lula, faz várias denúncias em “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado”, como a existência de uma fábrica de dossiês na gestão petista.

Conduta de ministro colocada em xeque: a condução do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na investigação da denúncia de suposto cartel em obras do metrô de São Paulo, o caso da empresa Siemens, foi duramente criticada em audiência pública realizada em 4/12 na Câmara. Na ocasião, o petista tentou dar explicações sobre o inquérito aberto pela Polícia Federal e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Tucanos fizeram cobranças incisivas a Cardozo, a quem acusam de atuar de forma antirrepublicana. O vazamento seletivo de informações para atacar partidos políticos com opinião contrária foi um dos pontos destacados na audiência. Dilma nada falou sobre a postura de seu auxiliar.

Política energética desastrosa: um desastre. É como pode ser avaliada a política energética da presidente Dilma. Como se não bastasse o risco de apagões em consequência disso, a conta de luz vai aumentar neste ano, contrariando a proposta anunciada com pompa pela petista em 2012. A consultoria Thymos afirma que a redução de 20% prometida pelo governo petista virou 14% no final de 2013. Nos próximos anos, esse percentual deve continuar caindo. Outra prova da gestão ruim é o desempenho da Eletrobrás, que passa por interminável e árduo processo de sucateamento. 

(Da redação/ Charges: Fernando Cabral)