Cronologia da má gestão de Dilma


Reedição do escândalo dos aloprados e silêncio sobre prisão de mensaleiros marcam novembro

Novembro entrou para a história do Brasil com a prisão de 12 condenados no mensalão, incluindo de figuras influentes no PT. No Palácio do Planalto reinou o silêncio sobre o desfecho de um dos maiores escândalos de corrupção da história contemporânea do país. Enquanto o Judiciário procura punir poderosos que cometeram crimes,  o PT é acusado de adulterar documentos e volta a forjar um novo dossiê contra adversários políticos, imitando o escândalo dos aloprados. Confira estes e outros fatos que marcaram o mês, como os números ruins na economia:

Dossiê forjado, ministro atrapalhado: dirigentes do PSDB acusam o PT de ter adulterado documento usado na investigação sobre existência de suposto cartel e pagamento de propina no Metrô de São Paulo. O documento original, em inglês, não tem qualquer citação ao partido, que só aparece na versão traduzida para o português. O dossiê foi repassado pelo deputado petista Simão Pedro ao ministro da Justiça. A denúncia, que se soube agora, é apócrifa, foi espalhada, apesar de ter sido renegada pelo suposto autor, Everton Rheinheimer, um ex-diretor da empresa Siemens.

Rheinheimer afirmou que, com a ajuda do deputado Simão Pedro (PT-SP), encontrou-se várias vezes com o presidente do Cade para orientá-lo no acordo de leniência que, depois, foi assinado pela Siemens. O acordo deu início à investigação contra os governos do PSDB em São Paulo. Em contrapartida, Rheinheimer pediu ajuda ao PT para conseguir um emprego. Para tucanos, Cardozo deveria ter sido afastado pela presidente Dilma, que nada fez para punir a conduta incompatível com o cargo de um dos seus principais auxiliares. 

charge-22111Impunidade no Cade: a Comissão de Ética Pública da Presidência da República aplicou apenas uma advertência ao presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicius Marques de Carvalho. Ele omitiu do seu currículo o fato de ter trabalhado para o deputado Simão Pedro e sua filiação ao PT.

Petistas na cadeia: enquanto o PT partiu para o ataque contra o órgão máximo da Justiça brasileira após a ordem de prisão dos condenados no escândalo do mensalão, o Planalto fingiu que nada estava acontecendo. O silêncio de Dilma e auxiliares foi um dos aspectos que marcaram o desfecho do maior escândalo do governo Lula, desencadeado no dia 15.

Gastos excessivos: as propostas que a presidente Dilma enviou este ano ao Congresso na forma de medidas provisórias (MPs) provocam um impacto nas contas públicas de R$ 96,3 bilhões nos próximos anos. É o que mostra levantamento feito pelo “Estado”. O incremento ocorre apesar dos sucessivos PIBinhos registrados na gestão da petista.

Economia em frangalhos: ministro Guido Mantega admitiu que o Brasil não cumprirá a meta de superávit primário deste ano, de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Pediu para que estados e municípios economizem até dezembro R$ 19,5 bilhões dos R$ 65,9 bilhões que ainda faltam para alcançar a meta. O superávit acumulado em nove meses – 1,3% do PIB – é o mais baixo dos últimos 15 anos. Além disso, as contas do Tesouro Nacional fecharam outubro com o saldo mais baixo para o mês desde 2004, e o governo até agora só acumula 46% da meta prometida para o ano.

Juros altos: Banco Central aumentou, pela sexta vez consecutiva, os juros, que voltaram ao patamar de dois dígitos, e deixou aberta a possibilidade de novas altas da taxa básica (Selic) em 2014. Os juros subiram de 9,5% para 10% ao ano por decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom), que só volta a se reunir agora no dia 15 de janeiro. Além disso, o custo de vida do brasileiro tem aumentado para todas as cinco faixas de renda.

Corrupção na Fazenda: a revista “Época” aponta suposto esquema de corrupção no Ministério da Fazenda. De acordo com a denúncia, uma empresa de assessoria de imprensa contratada pela pasta teria pago propina ao chefe de gabinete do ministro Guido Mantega e mantinha inúmeros funcionários fantasma.

Superfaturamento: Petrobras fechou com a Odebrecht, em 2010, um contrato no valor de US$ 825,6 milhões, o qual é investigado por suspeita de superfaturamento. Contrato para serviços na área de segurança e meio ambiente em dez países incluiu pagamento, na Argentina, de R$ 7,2 milhões pelo aluguel de três copiadoras e salário mensal de pedreiro de R$ 22 mil. São mais exemplos de má gestão na empresa petrolífera.

charge_1111Desperdício de dinheiro público: Tribunal de Contas da União determinou a paralisação de sete obras executadas com recursos do governo federal devido a graves irregularidades. Entre as obras, estão a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre Caetité e Barreiras, na Bahia, e obras da ferrovia Norte-Sul, em Tocantins.

Na saúde, só promessa: balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) mostra que, das 500 UPAs prometidas pela gestão Dilma Rousseff, somente 14 ficaram prontas até o início de novembro. Do total prometido, 65% ainda estão em “ação preparatória ou em licitação”.

PF sucateada: Em dez anos de governo do PT, investimentos na Polícia Federal caíram de R$ 81 milhões para R$ 20 milhões, segundo levantamento do site “Congresso em Foco” com base em dados do Siafi, sistema que registra gastos do Executivo.

Perigo nas estradas: Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que 63,8% das estradas do país possuem problemas relacionados à pavimentação, sinalização e geometria da via – em 2012 eram 62,7%. Governo federal deixou de investir mais de R$ 40 bilhões nos últimos 11 anos para recuperar e expandir a malha.

Gargalos nas vias: governo federal é incapaz de aplicar os recursos reservados para a infraestrutura. Ano após ano, os investimentos diminuem: 2013 terá a pior execução orçamentária dos transportes no governo Dilma. Não deve passar de R$ 9 bilhões. Até outubro, nem metade dos R$ 14,6 bilhões destinados a estradas e ferrovias haviam sido aplicados.

(Da redação/Charges: Fernando Cabral – PSDB)

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2 dezembro, 2013 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Cronologia da má gestão de Dilma”

  1. rubens malta campos disse:

    Prezados,

    Quanto mais divulgados esses dados, melhor será para o Brasil.

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