Cronologia da má gestão


Em outubro, governo mostra arrogância ao descumprir acordo e ignorar legado

Os principais fatos de outubro mostram mais uma vez que o Brasil está no mau caminho. São exemplos disso metas que não saem do papel, resultados insatisfatórios na economia e em estatais como Petrobras e a preocupação incessante de Dilma em buscar a reeleição ao invés de governar. O mês também deixou evidente a postura arrogante de quadros importantes do PT. É o caso de Lula e Dilma, que na comemoração dos 10 anos do Bolsa Família ignoraram o legado deixado pelo PSDB nos programas de assistência social. Já o ministro da Saúde descumpriu acordo firmado com os tucanos no “Mais Médicos”, insistindo na tecla furada de que não havia feito nenhum acerto. Confira esses e outros destaques: 

charge_2910_-460x307Petrobras faz aniversário em baixa: era para ser um mês de festa para a Petrobras, que completou 60 anos em outubro. No entanto, a maior empresa brasileira vive mau momento, com nota de risco de crédito rebaixada, o maior endividamento do mundo (R$ 193 bilhões), lucros em queda livre (redução de 39% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado) e déficits comerciais gigantescos na sua balança comercial de petróleo e derivados. Ainda em outubro, o pré-sal foi privatizado em leilão fracassado, pois não houve concorrência e nem ágio.

Veto inaceitável: o governo Dilma rompeu acordo feito entre o PSDB e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para a incorporação ao “Mais Médicos” de emenda que estabelecia que só poderiam continuar na 2ª fase do programa os médicos que fizessem parte de uma carreira médica específica. A emenda foi vetada pela presidente, provocando indignação entre os tucanos. Para deputados, essa postura demonstra o descompromisso do governo do PT com a palavra.

Trapalhada com creches: Dilma promove uma verdadeira trapalhada com os números ao abordar metas de construção de creches. Em BH, a petista negou ter anunciado que seu governo faria 8,6 mil unidades, apesar dela mesmo ter dito isso em abril. A meta inicial de campanha era fazer 6 mil unidades, e mesmo assim a meta está muito longe de ser cumprida.

Arrogância no Bolsa Família: em evento eleitoreiro para comemorar os 10 anos do Bolsa Família, Lula e Dilma deliberadamente ignoraram o  DNA tucano do programa social, que surgiu após a apropriação pela gestão petista de iniciativas do governo FHC, como o Bolsa Alimentação e a Bolsa Escola. A unificação dos programas no Bolsa Família num único benefício só foi possível graças ao cadastro único dos programas sociais criado em 2001. Mas os petistas insistem em tentar reescrever a história, tentando passar para a sociedade que nada existia antes de 2003.

Viagens e cadeias de rádio e TV em alta: em plena campanha pela reeleição, Dilma resolveu sair do palácio para uma série de viagens. Até mesmo obras inacabadas estão no roteiro presidencial. O ritmo de viagens aumentou em mais de 30% na comparação com 2012. A petista já convocou seis cadeias de rádio e TV neste ano, totalizando 16 desde o início do seu mandato – número superior aos de FHC e Lula. Na mais recente, sobre o leilão do pré-sal, o tom eleitoreiro da fala ficou claro.

Direcionamento em programa habitacional: o PSDB pediu investigação do MP sobre a denúncia de uso de critérios políticos na escolha de beneficiados do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Segundo denúncia, 11 das 12 entidades que tiveram projetos aprovados pelo Ministério das Cidades são dirigidas por filiados ao PT. Essas associações estariam privilegiando quem participa de atos e manifestações de sem-teto ao distribuir moradias, em vez de priorizar a renda.

Portos abandonados: Leônidas Cristino deixou a Secretaria de Portos sem ter gasto, em nove meses, um real do orçamento da pasta com obras para este ano. Com isso, mais uma vez as promessas de Dilma de modernização e de melhoria da gestão dessa área ficam somente no papel.

Maquiagem no PAC: maquiar números oficiais se tornou prática recorrente no governo do PT. Dessa vez, foram os dados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que sofreram alterações para passar a melhor impressão possível. Para disfarçar o desempenho abaixo do esperado entre maio e agosto de 2013 e os atrasos em obras, os dados divulgados em outubro passaram pela maquiagem oficial do Planalto.  O Planalto não diz, por exemplo, que grande parte dos gastos do último quadrimestre  vem dos valores pagos pelas famílias com financiamento habitacional. Para piorar, até obras que se arrastam aparecem com carimbo de ritmo “adequado”, como a transposição do São Francisco.

Na economia, indicadores ruins:  juros em alta pela quinta vez seguida, inflação bem acima do centro da meta, mais uma queda no nível de empregos da indústria, baixa perspectiva de crescimento. Indicadores econômicos divulgados em outubro mostram que o PT colocou o Brasil no mau caminho.  O FMI divulgou que o prognóstico para o crescimento da economia local em 2013 continua em pífios 2,5%, mesma previsão para 2014, que já chegou a ter perspectiva de expansão de 4%. Países como Rússia, China e México apresentam cenários melhores, a exemplo de nações vizinhas da América do Sul.

R$ 10,5 bilhõescharge_2510-460x307
Foi quanto faltou no caixa do Tesouro Nacional em setembro para cobrir as despesas com pessoal, programas sociais, custeio administrativo e investimentos. A gastança desenfreada da gestão petista é uma das causas do rombo —  o pior desempenho para o mês desde o Plano Real.

Nordestinos sem água: a promessa era entregar 130 mil cisternas à população afetada pela seca no semiárido brasileiro até julho deste ano. Foi o que disse a presidente Dilma em abril. No entanto, nem a metade do prometido foi feita até agora, mesmo com o tempo já esgotado. Apenas 59 mil reservatórios de água foram entregues e, enquanto esperam o benefício, as famílias continuam a sofrer com os efeitos da estiagem na região.  Como se não bastasse, o maior empreendimento do PAC – a transposição do São Francisco – segue a passos de tartaruga, aumentando o sofrimento da população local.

(Da redação/Charges: Fernando Cabral – PSDB)

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1 novembro, 2013 cronologia, Últimas notícias Sem commentários »

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