Presidente desacreditada


Imbassahy defende afastamento de Dilma como medida essencial para Brasil superar crise

24799652070_a7104d35e3_kEm seu primeiro discurso como líder do PSDB na Câmara em 2016, o deputado Antonio Imbassahy (BA) afirmou que a crise enfrentada pelo Brasil tem pai e mãe: Lula e Dilma. O tucano reiterou sua convicção de que, com a presença da presidente Dilma, o país não tem saída. O afastamento da petista é a primeira medida para dar ânimo e esperança aos brasileiros, destacou da tribuna. Imbassahy disse que o PSDB continuará trabalhando com responsabilidade para colocar o país no rumo certo.

ASSISTA TRECHOS DO DISCURSO

“Ao longo dos últimos 13 anos, toda vez que o PT teve que escolher entre seus interesses e os do Brasil optou pelos seus. Esse governo do populismo e da irresponsabilidade destroçou a economia, atingiu as bases do Plano Real, gerou a tragédia do desemprego, enfraqueceu os programas sociais e gerou os maiores escândalos de corrupção conhecidos: mensalão e petrolão”, alertou.

A presidente Dilma está desacreditada perante os brasileiros e a sociedade agoniza sob os escombros produzidos pelo PT. Segundo o líder, o PSDB está pronto para contribuir com o país e discutir as reformas estruturantes para reduzir o sofrimento dos brasileiros, que estão perdendo renda, emprego e esperança.

“Mas não vamos aceitar a repetição de velhas práticas que levaram o país à atual situação. Tampouco vamos concordar com o ajuste fiscal que a presidente quer, com redução de direitos dos trabalhadores, aumento de impostos e volta da CPMF”, reforçou o tucano. O partido votou contra todas essas medidas no ano passado e seguirá a mesma linha em 2016, adiantou Imbassahy.

Os governos Lula e Dilma, acredita o tucano, entrarão para a história como aqueles que lançaram o país ao abismo. O momento é de acirramento da crise e a indignação da sociedade brasileira é a mesma do PSDB. “A responsabilidade da oposição é ajudar o Brasil. A era PT está muito próxima do seu fim”, finalizou.

Logo depois do discurso, o novo líder da Minoria na Câmara, Miguel Haddad (SP), defendeu o fim da gestão petista como primeiro passo para solucionar a crise. “A primeira medida deveria ser o afastamento de Dilma. Essa é a grande reforma que poderíamos fazer no país”, afirmou.

REFORMAS ESTRUTURANTES
Imbassahy lembrou que o PT só passou a se preocupar com as reformas estruturantes depois de 13 anos no poder. A oposição está disposta a entrar no debate, desde que as propostas estejam claras. “Até agora, ninguém sabe, ninguém viu”, lamentou o líder. O apoio do PT e da base aliada deve estar explícito para que não haja jogo de cena. “Faz parte da história do PSDB realizar mudanças estruturais e não vamos nos negar a discuti-las. Mas cabe ao governo apresentar as reformas”, comentou.

ATUAÇÃO EXEMPLAR
Imbassahy se disse honrado em liderar uma bancada altamente qualificada e sintonizada com os reais interesses do país. Ele elogiou a atuação do líder anterior, Carlos Sampaio (SP). “De forma competente, combativa e de elevado espírito público, ele nos conduziu em um momento importante na vida nacional”, disse. O líder da Minoria em 2015, Bruno Araújo (PE), também foi lembrado pelo trabalho “irretocável”.

“Agradeço aos partidos da oposição, incluindo deputados que, mesmo pertencendo aos partidos da base, têm tido conduta alinhada aos interesses maiores do país”, completou Imbassahy

CONFIRA A ÍNTEGRA DO DISCURSO

Senhor presidente, colegas parlamentares.

Neste primeiro pronunciamento que faço neste ano, quero registrar a minha alegria em liderar a bancada do PSDB.

Para mim é, mais uma vez, uma grande honra e uma enorme responsabilidade representar um conjunto de parlamentares altamente qualificados e sintonizados com os reais interesses do país. Assim como suceder o líder Carlos Sampaio, que de forma muito competente, combativa e com elevado espírito público nos conduziu em um momento muito importante para o país e para este Parlamento, produzindo excelentes resultados para o Brasil.

Agradeço também ao líder Bruno Araújo, companheiro de bancada e que liderou a Minoria de forma irretocável e com grande tirocínio, aos partidos de Oposição, incluindo deputados que, mesmo pertencendo aos partidos da base governista, têm tido uma conduta alinhada aos interesses maiores do país. Meu agradecimento sincero a todos.

Desejo ao novo líder da Minoria, o conceituado deputado Miguel Haddad, sucesso em sua tarefa. Conte conosco.

Este será um ano de grandes desafios. Se 2015 já foi difícil para o país, 2016 demonstra que não será melhor. O quadro é de agravamento de uma crise que tem pai e mãe: Lula e Dilma. O criador e a criatura.

Reitero minha absoluta convicção de que, com a presidente Dilma, o país não tem saída. Na democracia, a responsabilidade de apresentar soluções e rumos para o país é de quem governa. E para isso, a presidente já demonstrou não ter a mínima capacidade ou mesmo gerar qualquer expectativa.

Além disso, é uma presidente desacreditada, que mentiu ao país, que enganou os brasileiros. Seu afastamento é a primeira medida para uma correção de rumos. Dará ânimo e esperança ao Brasil e restabelecerá a credibilidade que o país perdeu frente ao mundo e aos investidores.

O PSDB continua defendendo o impeachment porque, de forma inequívoca, a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade. Ninguém está acima da Constituição. Nem a presidente da República.

O PSDB segue também acompanhando com muito afinco as ações que propôs e tramitam no TSE, hoje robustecidas com provas materiais de que a campanha que reelegeu a presidente foi irrigada com dinheiro drenado da Petrobras. Propina do Petrolão.

Ao longo dos últimos 13 anos, toda vez em que o PT teve de escolher entre os seus interesses e os interesses do Brasil, optou pelos seus.

Esse modelo petista, do poder pelo poder, do populismo e da irresponsabilidade, destroçou a economia, atingiu as bases do Plano Real, gerou a tragédia do desemprego, provocou o enfraquecimento dos programas socais e gestou os maiores escândalos de corrupção conhecidos – o Mensalão e o Petrolão.

E deu no que deu: hoje o Brasil agoniza sob os escombros produzidos pelo PT.

E enquanto o afastamento da presidente Dilma não se resolve, é preciso começar a limpar os escombros, além dos esqueletos ainda desconhecidos, para o país respirar e preparar o caminho para o próximo ciclo que virá, depois que este governo que está aí, insepulto, for retirado de cena.

A Oposição está pronta e, como sempre, com muita responsabilidade para contribuir com o país, discutir as reformas estruturantes e reduzir a agonia dos brasileiros, que estão perdendo renda, seus empregos e a esperança no futuro.

Reitero que não vamos fazer luta política nos assuntos da economia, mas não vamos aceitar a repetição de velhas práticas que levaram ao país a atual situação.

Tampouco vamos concordar com o ajuste fiscal, tal como a presidente Dilma quer, com redução de direitos dos trabalhadores, aumento de impostos e recriação da CPMF.

O PSDB votou contrariamente todas essas medidas e continuará da mesma forma. E repito – o PSDB não vai permi
tir a volta da CPMF.

Os brasileiros não podem continuar sendo explorados para cobrir o rombo causado pela irresponsabilidade do governo Dilma.

Se só agora, mesmo depois de 13 anos no poder, o governo quer discutir a reforma da Previdência, vamos discuti-la. Desde que se saiba qual será a proposta – que até agora ninguém sabe e ninguém viu – e que tenha, primeiramente, o apoio explícito do PT e dos partidos da base.

Caso contrário, não vamos entrar nesse jogo de cena, em que o governo finge que discute, quando o que quer mesmo é a volta da CPMF.

Mesmo comportamento teremos em relação às demais reformas estruturantes necessárias, como a tributária, por exemplo. Faz parte da história do PSDB realizar mudanças estruturais e não vamos nos negar a discuti-las.

Cabe ao governo apresentar as reformas. Foi eleito para tal. A tarefa da Oposição é cobrar para que a presidente da República cumpra o seu papel.

O momento é de acirramento da crise e a sociedade exige de todos nós esforço redobrado. O PSDB está ao lado dos brasileiros porque a indignação deles é a nossa.

O PSDB vai apoiar as manifestações contra a tragédia do desemprego, se somando à Força Sindical e às entidades de defesa dos trabalhadores. O Partido dos Trabalhadores usou os trabalhadores para chegar ao poder. E lá chegando, os traiu. Jogou aos trabalhadores o preço da sua incompetência e inconsequência.

Os governos Lula e Dilma entrarão para a história como aqueles que lançaram o país ao abismo. Mas, eles passarão. A era PT está muita próxima do seu fim.

A responsabilidade da Oposição é ajudar o Brasil. O PSDB já tem uma história de contribuição ao país e de compromisso com os brasileiros. E irá permanecer nesse mesmo caminho, do qual nunca se afastou.

 (Reportagem: Elisa Tecles/ Foto: Alexssandro Loyola)

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17 fevereiro, 2016 Últimas notícias Sem commentários »

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